Explorar o próprio corpo e descobrir regiões mais sensíveis ao toque são ótimas formas de vivenciar uma masturbação ou um sexo mais prazeroso. Essas regiões são chamadas zonas erógenas que, por terem mais terminações nervosas ou pele mais fina, provocam sensação de prazer quando estimuladas.
Existem várias zonas erógenas no corpo, como o lábio, a parte interna da coxa, os mamilos e uma série de outras regiões. Dois pontos até um pouco polêmicos são o ponto G e o ponto A , ambos são regiões específicas da vulva e, quando estimulados, podem causar mais prazer à mulher.
Zonas erógenas #1: ponto A
Quando o assunto é a sexualidade feminina, o que não faltam são tabus sobre o tema. Um deles é o ponto A . Algumas pessoas acreditam que, quando estimulada, a região pode proporcionar uma carga de prazer mais intensa à mulher. No entanto, os especialistas explicam que não é bem assim. “O ponto A é uma região virtual e não é comprovada que exista”, fala a ginecologista e sexóloga Nelly Kobayashi.
Em entrevista prévia ao Delas , o ginecologista e obstetra Élvio Floresti Junior explica que, na realidade, não há uma diferença visível em relação ao ponto A e as outras partes da vulva. O profissional ressalta que, enquanto para algumas mulheres a estimulação dessa região proporciona um prazer diferente, para outras é algo incômodo.
Mas, afinal, o que é o ponto A? De acordo com os especialistas, é uma espécie de “dobrinha” formada entre o canal vaginal e o início do colo do útero. Apesar de ser mais distante da entrada da vagina, é possível alcançar o ponto com os dedos.
“Colocando, de preferência, dois dedos na vagina, você vai sentir uma coisa mais endurecida no fundo, que é a ponta do colo do útero. Você vai ver que a vagina não tem nada diferente, só é um pouquinho enrugada, enquanto o colo do útero parece a ponta de um nariz”, orienta Élvio Floresti.
O ginecologista explica que as melhores posições sexuais para quem quer estimular essa área são aquelas que envolvem a penetração profunda. Veja quais são as mais indicadas e se inspire:
- Pernas esticadas
As posições em que a mulher ergue as pernas são mais propícias para esse tipo de penetração. Nesta, por exemplo, ela ergue um pouco o quadril, mantendo as pernas bem retas e apoiadas no parceiro.
- Ela por cima
As posições em que a mulher fica sobre o parceiro também funcionam bem para aquelas que gostam de penetração profunda, já que, dessa forma, são elas que controlam o ritmo e o ângulo.
- De quatro
Esta é uma das opções preferidas por quem gosta de penetração profunda. Com os joelhos e braços apoiados no chão, a mulher posiciona-se de tal forma que o homem a penetra por trás. Nesse caso, é ele quem controla o ritmo e a profundidade.
- De lado
De lado, a penetração não é tão profunda quanto a proporcionada pela posição anterior, mas, dependendo de como o casal se posicionar e do tamanho do pênis do parceiro, ela também funciona bem para alcançar o ponto A.
Zonas erógenas #2: ponto G
O ponto G é um dos grandes mistérios do corpo feminino. Muitas mulheres acreditam que só sentirão prazer após encontrá-lo, outras duvidam que ele exista. A verdade é que o ponto existe e está localizado em uma região da parte da frente da vagina, repleta de terminações nervosas.
Segundo Nelly Kobayashi, o ponto G está na parede interna “da frente” da vagina. Por isso, é mais fácil estimular a região pela masturbação. A sexóloga sugere levar os dedos indicador e médio, unidos, no interior da vagina, cerca de 1 a 2 cm na parede da frente, em direção à bexiga, fazendo um movimento de “vem cá” enquanto acaricia levemente e aumenta a pressão conforme o gosto da mulher.
Além da masturbação, é possível atingir o ponto pela penetração. De acordo com a sexóloga, o mais indicado são posições sexuais em que o quadril da mulher fica mais elevado, de modo que a cabeça do pênis possa tocar o ponto do prazer.
Veja as melhores posições sexuais para explorar esse local:
- Com as pernas para cima
Essa é a posição mais propícia para atingir o ponto G, já que o homem consegue penetrar a mulher profundamente. Ela deve ficar deitada e com os joelhos próximos do peito, garantindo a posição adequada para a penetração.
- Ao redor do corpo dele
Nessa posição a mulher fica deitada em uma superfície, como uma mesa, banco ou a própria cama, e eleva o quadril, prendendo as pernas no parceiro. O homem segura o corpo da mulher garantindo uma posição que facilita a penetração para alcançar o ponto de prazer.
- Ela por cima
Quando a mulher fica por cima, é possível controlar os movimentos com mais facilidade e garantir o prazer. Além disso, o homem consegue penetrá-la profundamente.
- Na parede
A mulher fica em pé apoiada nas pernas do homem, que a sustenta apoiando as mãos na parede. Como a mulher consegue ficar com o quadril um pouco acima do homem, é possível atingir o ponto G durante a penetração.
Qual ponto dá mais prazer?
Mas, afinal, qual ponto dá mais prazer à mulher? A pergunta não é simples de responder, já que o prazer acontece de forma diferente para cada mulher. Nelly Kobayashi explica que a vulva e a vagina são bastante irrigadas e enervadas, o que faz com que qualquer parte dessa região proporcione prazer. “Por isso a mulher deve se tocar e conhecer bem seu próprio corpo, procurando suas áreas de maior prazer, já que cada pessoa é diferente”, comenta.
Ou seja, não é possível afirmar se o ponto A é mais prazeroso que o ponto G ou vice e versa. Na verdade, cada pessoa sente o prazer de uma forma diferente, em lugares e intensidades diferentes. Além disso, Élvio Floresti fala sobre a importância de conhecer o próprio corpo para descobrir como se sente excitada.
“A mulher tem de se conhecer. Mexa, sinta, não tenha vergonha, não tenha medo. Ela precisa estar sem vergonha na relação, aí se solta. Isso com estímulo oral, manual ou peniano, tanto faz, é um conjunto”, explica. Segundo o profissional, o orgasmo tem mais relação com quão tranquila a mulher está e com a estimulação do clitóris de forma simultânea a outras práticas. Não tenha medo de explorar suas zonas erógenas e descobrir o que funciona com você.