Falar sobre fetiches é algo que deixa muita gente alarmada, mas, apesar de ser um tópico “espinhoso”, não é nada raro que as pessoas tenham uma fantasia sexualEm um estudo publicado pelo periódico “The Journal of Sex Medicine”, 45,6% das mais de mil pessoas consultadas demonstra interesse em algum tipo de fetiche. Talvez pela popularidade da saga “Cinquenta Tons de Cinza”, uma das práticas fetichistas mais conhecidas seja o BDSM (sigla para bondage, disciplina, sadismo e masoquismo), porém, se engana quem pensa que ela se restringe ao momento da relação sexual.

Para Jess - adepta do BDSM, fetiche que inclui atos de submissão - ela é um bebê e seu namorado é o pai
Reprodução/Instagram @Sailorbinkie
Para Jess - adepta do BDSM, fetiche que inclui atos de submissão - ela é um bebê e seu namorado é o pai

Para algumas pessoas, a questão da disciplina não é algo que o casal pratica apenas durante o sexo, e ela pode se manifestar de diversas maneiras diferentes. Em alguns casos, uma das pessoas envolvidas “serve” a outra e cuida das tarefas de casa como parte do acordo de submissão do fetiche . Já para outras, há gosto em ter uma relação de adulto e criança, em que uma das pessoas se veste e se comporta como um bebê e a outra cuida dela como um pai ou mãe faria. É o caso, por exemplo, de Jess, mais conhecida como Binkie Princess, nome de seu canal no YouTube.

O canal de vídeos da jovem possui mais de 160 mil inscritos e, nele, ela mostra aspectos da rotina dela e do namorado como adeptos do ABDL – “adult baby diaper lover”, que, em português, significa “bebê adulto que ama fraldas” –, desde detalhes como as roupas que ela opta por vestir e do berçário que tem em casa (que, sim, inclui um berço, bichinhos de pelúcia, fraldas, chupetas e mamadeiras).

Mais do que um personagem

Conforme explica a “ bebê adulta ” na sessão de comentários do canal, se engana quem pensa que ela e o rapaz estão atuando. “Isso não é um personagem que eu estou interpretando. Essa sou eu. Oi, eu sou uma submissa que exerce a função de uma menininha/um bebê e meu namorado é um dominante que exerce a função de um pai. Nós incorporamos isso diariamente em nossa rotina. É assim que nos tratamos”, comenta Jess.

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Por postar vídeos em que aparece no colo do namorado sendo consolada como se fosse um bebê e agindo como se realmente não fosse adulta, não é difícil encontrar críticas entre os comentários do canal ou do Instagram da jovem – algumas afirmando até que Stephen é pedófilo por sentir atração pelo fetiche. Jess, porém, não encara a relação dessa forma. “É mais uma coisa de conforto. É bom ter alguém que cuida de você e faz isso puramente porque quer e porque se diverte com isso. Ele gosta da confiança que deposito nele, gosta de poder cuidar de mim, gosta da vulnerabilidade que eu me proponho a dar a ele. Faz com que ele se sinta necessário e especial”, afirma a moça ao site “Lad Bible”. 

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Jess também explica que, apesar de o fetiche se manifestar diariamente na vida do casal, eles não passam todo o tempo nas funções de “bebê e papai”. “Durante o dia, eu sou apenas eu, a versão normal e adulta. Esse é um dos maiores equívocos, as pessoas me dizem que eu não sou adulta, que não trabalho, que penso que sou um bebê, que não posso tomar conta de mim, mas em grande parte do tempo eu sou bem independente, cozinho minhas refeições, dirijo, lavo roupas, me visto, cuido de mim”, explica.

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