Dar um tempo no relacionamento é realmente a saída para os problemas enfrentados pelo casal? A americana Robin Rinaldi acreditava que sim, e foi então que tomou uma decisão: estabeleceu que tanto ela quanto o marido viveriam um relacionamento aberto  por um período de tempo determinado.

A experiência de poder se relacionar sexualmente com outras pessoas além do marido, apesar de duramente criticada, inspirou o livro “The Wild Oats Project”, lançado em 2015 e que conta o que ela aprendeu com a escolha de dar um tempo na relação por um ano.

O começo

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Reprodução/Twitter Robin Rinaldi
Ao optar por um relacionamento aberto, Robin Rinaldi fez descobertas sobre os próprios erros

Tudo começou quando seu então marido optou por fazer uma vasectomia após uma longa discussão em que o casal tentava decidir se teria ou não filhos. Robin, que queria construir uma família, se deparou com a ideia de um futuro sem a possibilidade de realizar este desejo e declarou no livro que se recusava a morrer sem crianças e tendo feito sexo com apenas quatro pessoas ao longo da vida: “Se não posso ter um, preciso ter o outro”. Ou seja, já que não teria filhos, deveria ter ao menos mais parceiros. 

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O acordo feito entre Robin e o marido tinha regras: relacionamentos sérios com outras pessoas não eram permitidos, assim como fazer sexo com amigos em comum e transar sem camisinha. No entanto, ambos quebraram as regras múltiplas vezes ao longo do ano em que “deram um tempo”, fazendo com que, eventualmente, o casamento chegasse ao fim.

Apesar do ponto final, Robin afirma à publicação americana “Time” que agiu por uma espécie de “instinto”. “Sempre fui uma pessoa cautelosa e até ansiosa, sempre segui as regras. Foi algo instintivo, algo muito feminino que me fez fazer isso”, comenta. Segundo ela, não havia outra forma de descobrir se o casamento tinha salvação e, apesar da ideia não ter salvo a relação, ela afirma que a experiência ensinou muito mais do que um simples divórcio ensinaria.

Críticas

A recepção dada pelo público a seu trabalho - e, principalmente, a suas escolhas - foi barulhenta. Após o lançamento do livro, Robin chegou a escrever um artigo na publicação "The Atlantic" sobre os ataques recebidos nas redes sociais. “Me surpreendi com o quão rápido as críticas influenciaram meu humor, minha confiança, meus hábitos diários, meus relacionamentos. Mas passou. Preferi dar às palavras duras um propósito maior e mais imediato. Decidi engolir tudo, digeri-las e deixar que elas me façam mais forte”, explica.

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Erros e ensinamentos

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Reprodução

"The Wild Oats Project", livro em que Robin conta a experiência, foi duramente criticado

Um dos principais ensinamentos, segundo a americana, foi sobre seus próprios erros . “Esperar que seu esposo te dê paixão, segurança e objetivos é muito. Estava exigindo muito daquela única pessoa... Não teria aprendido isso sem passar por essa experiência”, afirma.

Ela também aprendeu muito sobre sexo durante as aulas de “meditação orgásmica” e outros cursos que fez nesse período. “Seu corpo tem sabedoria, isso é muito poderoso e pode te mostrar seu caminho”, afirma.

Apesar de tudo, transformar o casamento em um relacionamento aberto ou dar um tempo não é que Robin recomenda para mulheres mais jovens. Segundo ela, é melhor que elas façam as descobertas antes de se comprometerem com alguém.

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