Intimidade, paixão e compromisso. Segundo uma linha de pensamento chamada “teoria triangular do amor”, esses são os três elementos do sentimento. “Em todo relacionamento, um desses ingredientes tende a ser mais forte. O que não pode é anular os outros”, diz o terapeuta Ailton Amélio, autor do livro O Mapa do Amor (Editora Gente).
Sem paixão, a relação vira amizade. A psicoterapeuta belga Esther Perel, autora do livro “Sexo no Cativeiro” (Editora Objetiva), defende a tese de que o excesso de proximidade é o maior inimigo do desejo. “O fogo precisa do ar. O desejo precisa de espaço”, diz Esther.
Segundo ela, casais que se fundem a ponto de se confundirem, e não são capazes de viver um sem o outro, em algum momento verão a cama esfriar. Isso porque as particularidades de cada um deles – inclusive as que levaram o outro a se apaixonar – podem desaparecer numa relação em que os dois não cuidam mais da individualidade,
“A relação precisa de espaço”, diz a psicóloga Rose Vilella, coordenadora do curso sobre sexualidade humana do Instituto Sedes Sapientiae, em São Paulo.
Entrevistamos 50 homens e 50 mulheres para falar em sobre relacionamento. Leia o texto e entenda os dois universos:
Na hora da paquera
“Ele precisa prestar atenção nos sinais: um olhar, um sorriso, uma jogada de cabelo... Gestos sensuais que demonstram interesse”, ensina a baiana Mônica dos Santos, comerciante, 28 anos. “Não suporto quando o cara chega passando a mão, contando vantagens ou com cantadas bizarras”.
O empresário carioca Eduardo Feliz, 31 anos, concorda: “Não sou de chegar com cantadas baratas. Sempre aguardo um sinal de que ela realmente se interessou por mim”.
O 1º encontro
“Temos que impressionar, afinal, a primeira impressão é a que fica. Certa vez, conheci um cara lindo no Facebook, trocamos mensagens, conversamos por telefone durante dias, no primeiro encontro saímos para jantar e após tomar um refrigerante ele arrotou bem alto. Falta de educação, broxei na hora”, recorda Marina Muller, 29 anos.
“Deve ter sido broxante mesmo!”, concorda o arquiteto Júlio Ramos, baiano,33 anos. “O primeiro encontro deve ser especial. Você deve impressioná-la, tornar aquele momento inesquecível – com gostinho de ‘quero mais’”.
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As delícias do beijo
“O beijo deve ser quente, mas nada de molhado. Detesto quando me babam toda...”, sorri Angelina Alexandre. “O beijo é o cartão de visitas do homem: se ele não beijar bem na ‘hora H’ com certeza será um desastre”.
Os entrevistados fazem questão de frisar que é importante ter um bom hálito e saber conduzir o momento. “Tem que beijar com vontade, se entregar sem medo de ser feliz!”, ensina o designer de interiores Luiz Fernando, 31 anos. “Detesto mulheres que regulam o beijo”.
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Chega de ciúmes
“Se percebo que o cara é daqueles que vive regulando roupas curtas e decotadas, quer que eu me afaste das minhas amigas e fique pegando em meu pé, estou fora!”, revela Ana Cláudia Frotta, comerciante, 25 anos.
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Assim como ela, todas as entrevistadas disseram que reprovam homem ciumento. ‘Homem que quer mudar a minha personalidade e achar que é o meu dono, é cartão vermelho na hora. Gosto de liberdade, de um tempo com as amigas, poder respirar e curtir a minha individualidade...”, frisa Selma Aparecida, carioca de 29 anos.
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