A pandemia e a necessidade do isolamento estão mudando os nossos hábitos, inclusive a nossa relação com a comida. Você já deve ter percebido, por exemplo, que tem sentido mais fome do que o normal, não é mesmo? A ansiedade e as incertezas nos levam a comer mais, mesmo que sem necessidade fisiológica. 

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O contexto que de incertezas e aumento da ansiedade pode levar à fome psicológica
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O contexto que de incertezas e aumento da ansiedade pode levar à fome psicológica

A nutricionista Adriana Stavro explica que isso acontece porque nem sempre a fome é fisiológica. “Às vezes ela pode se manifestar simplesmente por razões psicológicas ou comportamentais. Pode também estar relacionada com o momento que estamos vivendo, com o meio ambiente, com as pessoas que nos cercam, com o nível de estresse e diversos outros fatores”, fala.

Entender os diferentes tipos de fome é algo importante para distinguir o que você realmente está sentindo. “Dessa forma, vai ficar mais fácil lidar com as sensações e com as necessidades do corpo com tranquilidade e sem culpa”, comenta. 

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Fome fisiológica x psicológica

Abaixo, a profissional explica os diferentes tipos de fome :

Fome fisiológica 

“É a fome física . Aquela que precisamos comer para sobreviver, por exemplo, comer nutrientes para realizar suas funções vitais. Ela se manifesta de várias formas como dor no estômago, tontura, dor de cabeça, irritação, falta de concentração”, explica. 

Fome psicológica 

Como o nome diz, está relacionada ao psicológico, ou seja, com o estado mental, e não às necessidades fisiológicas. De acordo com a nutricionista, está diretamente ligada aos desejos, sentimentos e ao emocional. Adriana fala que existem três tipos de fome psicológica:

  • Vontade

“Diferente da fome fisiológica, a vontade aparece mesmo se você não estiver com fome”, começa explicando. Como exemplo, Adriana cita uma cena clássica: você vê a imagem de um bolo em um programa de televisão e imediatamente se lembra do bolo que a sua avó fazia na infância. Você pode até estar saciado, mas terá espaço para essa vontade. “A vontade é algo bem específico, você sabe exatamente o que quer comer e qual sabor, quer sentir”, completa.

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  • Social

Esta é a fome que sentimos em momento de festas, confraternizações, reuniões com amigos e familiares. “É aquele sentimento de compartilhar o alimento, de uma conversa gostosa enquanto comemos. Você pode até não estar com fome, mas certamente vai acabar comendo, porque é instintivo e o ser humano sempre celebrou em torno da mesa”, diz.

  • Emocional 

“É quando a comida se torna uma válvula de escape ou um sistema de alívio instantâneo para um ou vários sentimentos”, fala. Para algumas pessoas, a fome aumenta quando estão tristes, ansiosas, irritadas, estressadas, felizes ou entediadas. “A pessoa acredita que realmente precisa comer para tentar resolver sua angústia interna”, continua. 

“A fome emocional nos faz ter uma relação errada com a comida. Nossos problemas não vão desaparecer se comermos um pedaço de bolo. Ele pode até trazer uma euforia momentânea, mas curar não vai”, completa.

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Como parar de pensar em comida?

Para resolver essa “confusão” entre os diferentes tipos de fome e construir uma relação mais saudável com a comida, Adriana aconselha olhar com mais cuidado para o corpo, observando o que está sentindo. 

“Você tem fome de quê? Respeite-se e cuide-se, você é a melhor pessoa para saber o que precisa nesse momento. Que tal incluir essa pergunta no seu cardápio?”, fala.

Quando sentir vontade de comer, mas perceber que não é fisiológico, ela sugere:

  • Ouça uma música
  • Durma
  • Leia um livro
  • Organize seu armário
  • Medite
  • Faça um curso on-line
  • Brinque com seu filho
  • Reze

Florais podem ajudar

A terapeuta floral Márcia Rissato, formada pelo Instituto Bach do Brasil e pela Nelson's World, na Inglaterra, ressalta a importância de entender o que está sentindo para evitar recorrer à comida na tentativa de compensar as emoções. 

Segundo a especialista, os florais são uma saída para restabelecer o equilíbrio e ajudar na construção de uma relação melhor com a alimentação. Ela sugere, por exemplo o Floral de Bach™ Original CHERRY PLUM, que ajuda quem “perde o controle ao atacar a geladeira”, trazendo controle emocional. De acordo com ela, é feito com lavanda, algo que relata e controla o estado mental.

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