A professora Carla da Costa, de 39 anos, sofreu por muitos anos por estar acima do peso e não conseguir fazer nada para mudar isso. A briga com a balança começou aos 27 anos e, desde então, não conseguia aceitar sua aparência. Ela chegou a pesar 113 kg, teve vários problemas de saúde e quase perdeu os movimentos das pernas. A motivação para emagrecer veio da família, que resolveu ajudá-la nesse processo. Juntos eles perderam mais de 60 kg.
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“Eu sempre lidei com minha aparência de maneira positiva, mas, depois que engordei, sentia constrangimento quando encontrava conhecidos na rua e eles diziam que eu ‘estava diferente’. Tentei mudar hábitos, fazer dietas, mas tudo era em vão, porque nunca conseguia encontrar uma motivação para emagrecer ”, conta Carla em entrevista ao Delas .
Além da sensação de frustração por achar que tudo o que tentava não fazia diferença, os problemas de saúde começaram a aparecer. A professora foi diagnosticada com flebites (uma inflamação na parede de uma veia do corpo) e três tromboses ao longo dos anos e, por conta de todos esses problemas, passou por diversas limitações funcionais.
“Eu tive problemas respiratórios e o cansaço era constante, a respiração era ofegante e não conseguia fazer atividades básicas como subir uma escada ou subir e descer de uma cadeira. Eu tinha que sentar e esperar a falta de ar passar para conseguir continuar realizando minhas atividades básicas do dia a dia. Eu também quase perdi os movimentos da perna devido à obesidade”, lembra Carla.
Devido ao constrangimento, eu fiquei 10 anos sem entrar em lojas de roupa para fazer compras
Todos esses problemas de saúde foram aliados a questões psicológicas que desencadearam a falta de aceitação, a baixa estima e a vontade de tentar se esconder do mundo. O mais constrangedor para Carla, por exemplo, era ir a lojas de roupas e nunca encontrar peças para o antigo tamanho dela.
“Quando eu precisava de roupa para alguma festa, nunca achava. Perguntava para as vendedoras se tinha alguma disponível e elas respondiam que do meu tamanho era difícil achar”, relata. “Devido ao constrangimento, eu fiquei 10 anos sem entrar em lojas de roupa para fazer compras. Para comprar, eu ligava e pedia para entregarem na minha casa. Era muito constrangedor, não era nada fácil para mim”, acrescenta.
Durante os anos que esteve acima do peso, ela tentou encontrar motivação para mudar. Fez dietas alimentares da moda , tomou remédio, tentou mudar de hábitos, só que tudo isso sem acompanhamento. O problema de não ter um auxilio no processo de emagrecimento é que, ao passar por uma situação difícil, a recaída pode acontecer. E aconteceu. Quando Carla perdeu o pai e teve que lidar com um parto prematuro, ela ficou desestabilizada e descontou na comida.
“Toda vez que eu começava uma dieta, não queria que ninguém soubesse. Escondia até de mim o fato de não me aceitar gorda. Quando estava no trabalho, achava constrangedor quando viam o meu prato com um pedaço de carne e salada e perguntavam se estava de dieta. São situações difíceis. Minha família, por exemplo, era sempre a última a saber que eu estava tentando perder peso ”, confessa.
Família é resposta na busca da motivação para emagrecer
E foi justamente a família que mais a ajudou nesse processo de eliminar peso e recuperar a saúde e a autoestima. “Quando eu descobri que estava com minha 18ª flebite, estava de cama, e meu irmão chegou em casa e falou que tinha encontrado uma forma de tentar emagrecer. Nesse momento, quando eu estava doente e com 113 kg, decidi tentar o método Afine-se”, conta.
O Afine-se é um método de emagrecimento natural que ajuda as pessoas a adotar um novo estilo de vida, aliando medidas que visam mudanças em padrões mentais e comportamentais. O programa envolve os seguintes pilares: Repetição, Educação, Monitoramento Contínuo e Motivação (REMM). Esse plano não é uma receita pronta, ele é sempre personalizado para conseguir atender o que a pessoa realmente precisa.
Empolgados com o método e querendo ajudar Carla, o irmão e o marido dela resolveram tentar emagrecer também. “Quando a motivação para emagrecer partiu deles, eu percebi que era momento de mudar. Houve envolvimento do meu irmão com a motivação, do meu marido que decidiu fazer o método conosco, da minha mãe que fazia pratos de comida para nós três e sempre nos lembrava dos momentos de comer uma fruta ou tomar vitaminas.”
Ótimos resultados juntos
O envolvimento da família foi essencial nesse processo e os resultados apareceram. O irmão de Carla, Sergio Ribeiro, de 33 anos, perdeu 21kg, o marido dela, Fernando Ribeiro Junior, de 23 anos, eliminou 23 kg, e ela conseguiu emagrecer 19 kg. Juntos, foram 63 kg perdidos.
As atividades diárias, como caminhar, não são mais um sofrimento. Enfim, tenho disposição para viver
“Hoje, nós estamos bem, temos hábitos saudáveis . Continuamos unidos na mesma rotina, em busca de mais resultados. Posso dizer que todos nós nos sentimos mais saudáveis. Minha respiração está melhor, até as atividades diárias, como caminhar, não são mais um sofrimento. Enfim, tenho disposição para viver”, garante a professora.
A maior lição tirada por ela disso tudo é que aquilo que parece “impossível” é possível quando a pessoa passa a acreditar nela mesma. “Quando o mudo inteiro te julga, você acha que é a verdade absoluta, acredita que não consegue mudar o pensamento dos outros e o seu. Quando minha estrategista disse que ‘o querer é poder’ e que só dependia de mim, foi muito importante para a minha vida, pois soube que eu poderia mudar os meus hábitos”, enfatiza.
Carla sabia que só ela mesma conseguiria reverter aquela situação – esse foi seu grande aprendizado –, mas o que ela também aprendeu é que sozinha não conseguiria ir muito longe, tanto que a principal motivação para emagrecer veio do apoio da sua família. Levando esse novo estilo de vida, ela sentiu os reflexos na saúde e na aparência e a autoestima está super elevada.