Skatistas bolivianas transformam traje tradicional em símbolo de resistência
Reprodução/Instagram
Skatistas bolivianas transformam traje tradicional em símbolo de resistência

No coração da Bolívia, um grupo de mulheres está reescrevendo a história de um traje que carrega séculos de opressão. As polleras, saias volumosas impostas às indígenas (cholitas) após a colonização espanhola, hoje são vestidas com orgulho por skatistas que desafiam estereótipos e reafirmam sua identidade cultural.

Tudo começou em 2019, em Cochabamba, terceira maior cidade do país, quando duas amigas fundaram o ImillaSkate — "imilla" significa "menina jovem" em quéchua e aimará. Com polleras, tranças e chapéus coco, elas deslizam pelas pistas não apenas como atletas, mas como agentes de mudança.

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Por décadas, o termo "cholita" foi usado de forma pejorativa, associado à discriminação contra mulheres indígenas. Até 2005, elas eram proibidas de frequentar certos espaços públicos na capital La Paz. A eleição do primeiro presidente indígena, Evo Morales, marcou o início de uma luta por direitos básicos — e agora, as skatistas levam adiante essa bandeira.

Para as atletas, a pollera não é apenas um traje: é parte essencial de sua identidade e até uma aliada nas manobras. Isso porque a pollera é pesada e longa, de acordo com as informações obtidas na página oficial do projeto no Instagram. O movimento ganhou destaque global com uma reportagem no jornal britânico The Guardian. 


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