A BRZ Empreendimentos é uma incorporadora nascida em 2007 em Belo Horizonte. A inovação está no DNA da companhia, que investe fortemente em ações de tecnologia dentro de seus projetos. Despontando como liderança no sudeste brasileiro, a empresa chegou à marca de 100 lançamentos imobiliários em 2022.
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À frente do conselho de administração está Eduarda Tolentino, caçula da família que gerencia o negócio. Empoderar mulheres em cargos na construção civil está entre seus objetivos. Mãe de três filhos, com 9,v5 e 1 ano, Eduarda concilia a carreira com a maternidade com muita habilidade.
Há dez anos ela trocou a capital mineira pela cidade de Tatuí, no interior de São Paulo, para acompanhar a expansão dos negócios da construtora na região. "Eu não tinha nada a perder e cridei uma rede de apoio supreendente aqui", conta, em entrevista exclusiva ao iG Delas .
"Minha vizinha de frente me trouxe um bolo de boas-vindas quando me mudei. Meus filhos vão ao parquinho todo dia, é um privilégio a vida que levo aqui", admite. Mas Eduarda para pouco em casa. Além das reuniões mensais do conselho, ela roda o Brasil para acompanhar o andamento das obras.
Do jurídico ao conselho
Eduarda Tolentino é advogada de formação e tinha o sonho de ser juíza, chegar ao Supremo Tribunal Federal, mas a realidade da empresa familiar falou mais alto. Quando a empresa tinha 10, 15 funcionários, ela assumiu o departamnto jurídico. Em seguida, passou para a área comercial, e o que era para ser temporário virou uma experiência de 6 anos. "Eu aprendi com os erros, os mais difíceis são os que mais ensinam", diz.
Eduarda Tolentino concilia maternidade com cargo de executiva
São 15 anos de empresa, que agora está fazendo um movimento interno transferir a sede para Campinas, visto que 75% dos negócios estão no Estado de São Paulo. A BRZ hoje dá 900 empregos direitos e 5 mil indiretos. "No pico da obra, os canteirerios chegam a ter 200 pessoas", diz. Um detalhe chame a atenção: todos os engenheiros que estão à frente das 45 obras em andamento começaram na empresa como estagiários.
Eduarda conta que quando seu irmão estava como CEO e foi para conselho, já estava nos planos seu cargo para ser presidente. "Mas eu queria ter um terceiro filho. Eu perdi 4 bebês, em uma das gestações, perdi uma das trompas, já tinha aceitado que não iria rolar, e acabei assumindo a presidência", lembra a executiva.
Pois com uma trompa só, Eduarda engravidou. E teve de conciliar a gravidez com a presidência da empresa. Nesta época começou a compartilhar sua jornada, tanto no mercado da construção civil, como na vida pessoal, no Linkedin, onde hoje tem 22 mil seguidores. "Muitas me agradecem, principalmente quando falo de assuntos pessoais, família, filhos", diz a executiva.
"No ano em que assumi a presidência, em janeiro me afastei para ser mãe mais uma vez, assumiu um CEO interinno, mas era a pessoa mais apropriada para ocupar a presidência do conselho, e assim foi", revela. "Existe uma culpa, será que vou me arrepender por não estar presente em tantos momentos da vida dos meus filhos, mas por outro lado sei que vou me tornar referencia para eles, a qualidade de vida que temos é fruto do meu trabalho, então a culpa passa", admite.
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Nos cargos de liderança, Eduarda vê que há muitas mulheres provedoras como ela. A BRZ tinha 30% de mulheres, e a meta interna é chegar a 50%. A executiva diz que nas obras entregues por engenheiras, o acabamento é muito diferente. "A mulher é mais observadora, detalhista, cuidadosa na gestão de pessoas". E já há na sua equipe obras em que 98% do time é formado por mulheres, uma tendência que só tende a crescer.