A história de Daniela Jones começou ainda com a sua avó, que em 1955, já tinha uma empresa na área de cuidados com idosos, na qual Daniela chegou a trabalhar por cinco anos. Foi então que, ainda muito jovem, sentiu vontade de abrir o seu próprio negócio no mesmo segmento, mas precisava de capacitação para trilhar seu caminho.
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Em 2004, ainda durante a faculdade de administração, ela e o atual marido decidiram abrir o Grupo Said. Mas diferente da sua avó, Daniela quis trazer inovação para o mercado e decidiu oferecer um atendimento home care, personalizado.
"A gente começou com uma linha telefônica, distribuindo panfleto no meu condomínio, porque ainda não tinha dinheiro para investir em divulgação pela internet. E foi distribuindo panfleto que a gente foi conseguindo um, dois, três clientes, depois vieram alguns por indicação e aí a gente foi crescendo", conta a empresária.
Atualmente, a empresa conta com 950 cuidadoras, além do setor administrativo que soma 40 profissionais, e uma equipe multidisciplinar que inclui médicos, nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e enfermeiros.
"A gente tem serviço de 8, 12 ou 24 horas, de segunda a segunda. Então o paciente com cuidados 24 horas por dia não fica sozinho em momento algum. E as cuidadoras fazem de tudo: alimentação, medicação, limpeza do ambiente, cuidados com a roupa. A gente oferece dois planos: o básico, só com a cuidadora; e o completo, com a equipe multidisciplinar".
Um contrato de 24 horas, por exemplo, no plano básico, sai em torno de R$ 7.300 mensais. No completo, o valor sobe para R$ 8.100.
Os pacientes com plano completo têm fonoaudiologia uma vez por semana, e fisioterapia, duas vezes. O médico também faz uma visita mensal, e o Grupo Said ainda oferece carro adaptado, serviço de monitoramento constante e consulta com nutricionista e psicóloga uma vez por semana.
O serviço está disponível para as cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo, onde soma mais de 400 pacientes. Os interessados podem contratá-lo por telefone ou WhatsApp. E a expectativa é ampliar o atendimento para a região Sul a partir do ano que vem.
Apesar do foco ser em idosos, o Grupo Said também atende pessoas que fazem uso de cadeira de rodas, com paralisia, em recuperação cirúrgica, que possuam sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), com deficiência visual ou auditiva, entre outras. Além disso, a equipe ainda cuida de pacientes que estão em hospitais.
Daniela Jones reforça que todos os profissionais passam por treinamento constante para aperfeiçoar seu trabalho. "Eles fazem treinamento de primeiros socorros. Antes de trabalhar com a gente, as cuidadoras já passam por um treinamento que ensina a aferir pressão, dar banho. Mesmo tendo curso, é obrigatório passar pelo treinamento. A gente também dá capacitações, como por exemplo, sobre queda de idosos, alimentação mais saudável para diabéticos etc", diz.
Paralelamente ao Grupo Said, a empresária também fundou o Instituto Gota D’Água, em 2018, organização sem fins lucrativos que faz doações de cestas básicas para pessoas em situação de vulnerabilidade social no Maranhão. Cada contrato fechado com o Grupo Said vira uma doação para o instituto.
Questionada sobre a que atribui o sucesso da empresa, Daniela respondeu: "Muita força de trabalho, à equipe que eu tenho hoje, que me ajuda, além de muita disposição, muita garra, muita coragem, porque empreender no nosso país é muito difícil. Então, é isso que me dá ânimo, me dá um gás para fazer a empresa crescer".
Atualmente, a empresa fatura cerca de R$ 24 milhões por ano, e em 2022 irá fechar com uma margem de crescimento de 20% em comparação a 2021, além de prever a contratação de mais 150 colaboradores. Para o próximo ano o objetivo é crescer mais 30%.
"Um dos nossos propósitos é empregar o maior número de pessoas possíveis e ter um atendimento cada vez humanizado", finaliza.