Karina Rehavia fala do futuro do trabalho
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Karina Rehavia fala do futuro do trabalho

Ela diz que nasceu empreendedora. Filha e netas de comerciantes, Karina Rehavia, hoje CEO da Ollo, era daquelas crianças que batia de porta em porta no prédio vendendo o que tivesse pela frente. Fez toda uma carreira na publicidade, área em que atuou por 19 anos. Em 2018, teve a oportunidade de ir para Nova York e naqueles tempos de pré-pandemia pode perceber que o mundo dos freelancers estava muito amadurecido.

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"Sempre contratei muitos profissionais independentes. Eu e meu sócio, Lucas, fundador da Live, percebemos que esse modelo ia explodir no Brasil, assim como estava acontecendo no mercado publicitário de lá. Eram novas formas de colaboração entre as pessoas, novos formatos,  e voltei pra montar a Ollo", conta a executiva.

Veio a pandemia e o que antes era um uma ameaça e um imenso desafio, como o trabalho remoto, se tornou uma grande oportunidade. "A tese de nossa empresa se confirmou, em maio de 2020, o site ficou pronto e foi uma aceleração pra nós", diz uma das fundadoras e CEO da Ollo desde o início. 

Karina Rehavia conta que o primeiro ano de atuação foi marcado por muitas descobertas e definição do modelo de negócios. Foi a validação da empresa como ponte de novos formatos de trabalho. "Com isso, 2021 e 2022 foram anos de muita expansão, focamos no que funcionava mais, vimos que as empresas também tinham dificuldade para  vagas fixas, e passamos a oferecer mais um serviço. Fomos percebendo as oportunidades e fazendo curadoria, recrutamento, montagem de times.Temos 2.500 alocações feitas", revela. 

No time da Ollo, 90% são mulheres, de 5 lideranças, 4 são mulheres, e há um olhar muito generoso para  diversidade de gênero, racial, sexual. Essa cultura interna transborda para clientes e comunidade. 

A executiva acredita que o futuro do trabalho é o modelo remoto. "Nem tudo é para todo mundo, mas do ponto de vista do deslocamento, por exemplo, em uma cidade como São Paulo, ganha-se muito tempo, que pode ser outra coisa, em estudo, em ficar com a família, em múltiplas atividades, cuidar da saude, academia, no tempo que se ganha. Existe forte tendencia que sim, o futuro do trabalho seja remoto, mesmo que nem todas as organizações queiram, mas há uma pressão do lado dos talentos. Sabemos que as empress perdem 70% das pessoas se o trabalho for presencial. Os talentos perderam a confiança no crachá", avalia.  

Karina é um exemplo do trabalho remoto e do nômade digital. Mora em Caravelas, saída para Abrolhos, no sul da Bahia, coisa que só home office permite. É uma nômade digital muito antes de o termo fazer sucesso. "Já morei Paraty, nasci com rodinha no pé. Hoje há países, como Portugal e Espanha, que emitem visto para nômades digitais. É um caminho sem volta para as pessoas que têm essa oportunidade, que o trabalho remoto permite."

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Na Ollo, Karina trabalha com verticais de publicidade, design, comunicação e marketing, e estão ampliando para tecnologia e audiovisual. Pretendem também organizar um compartilhamento de talentos de forma temporária, tudo muito novo ainda, mas que permitirá que as empresas usem os melhores talentos da concorrência e vice-versa. 

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