O governo federal aparentemente voltou atrás no veto da nova lei que previa a distribuição gratuita de absorventes higiênicos para mulheres de baixa renda e em situação de rua , as mais afetadas pela pobreza menstrual. A proposta beneficiaria cerca de 5,6 milhões de mulheres em todo o país, principalmente as estudantes de baixa renda matriculadas em escolas da rede pública de ensino, mas sem deixar de lado as mulheres em situação de rua e presidiárias.
Após o desgaste na imagem do presidente Jair Bolsonaro, o executivo agora diz que irá viabilizar a aplicação de um projeto que prevê a distribuição gratuita dos absorventes.
Pelo Twitter, a Secretaria de Comunicação (Secom) afirmou que há o reconhecimento do mérito da medida, tendo sancionado, inclusive, a criação do Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual. A postagem fala ainda "atribuir os vetos do Presidente a um descaso para com as mulheres não passa de uma narrativa falsa e inconsistente".
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O tema da pobreza menstrual ganhou destaque nos últimos anos para se referir à falta de dinheiro para comprar produtos de higiene menstrual adequados. Ela está também relacionada ao problema da falta de acesso à água, saneamento básico e desigualdade social. Segundo levantamento recente realizado sobre o tema no país, 28% das mulheres de baixa renda são afetadas diretamente pela pobreza menstrual e 30% conhecem alguém que é afetado.