Um grupo de estudiosos com especialistas do MIT, da Northeastern University , Harvard Medical School e University of Southern California desenvolveram uma nova forma de ingestão de contraceptivo. A nova descoberta da pílula anticoncepcional mensal foi publicada em artigo no periódico Science Translational Medicine .
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Pílula anticoncepcional mensal: como funciona o novo método
O medicamento consiste em uma cápsula gelatinosa que, ao se dissolver no estômago, libera um polímero com seis “braços”, em um formato semelhante ao de um asterisco. Este, por sua vez, prende-se à parede do estômago enquanto libera os hormônios que evitam a gravidez.
É a primeira vez em que esse tipo de técnica foi utilizada por cientistas para que um medicamento liberasse substância de forma ininterrupta por um período de tempo tão longo.
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Como o estudo foi feito?
Os cientistas desenharam a estrutura em formato de estrela do polímero para que ele pudesse suportar a acidez do estômago. O time de especialistas testou então duas formas do sistema em porcas.
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Ao invés de testar a capacidade que a pílula mensal teria em evitar gestações, o time analisou num primeiro momento os níveis de levonorgestrel (um tipo de progesterona sintética) que eram liberados pelo polímero.
Eles então compararam esses valores com os índices de outros animais que receberam uma pílula anticoncepcional oral do tipo “diária” do mesmo hormônio. Os cientistas então notaram que as duas formas da pílula mensal tiveram uma liberação hormonal mais lenta e prolongada em comparação à pílula diária.
21 dias após a implantação do sistema, as porcas ainda possuíam níveis hormonais semelhantes aos das porcas que ingeriram a pílula diária. O hormônio ainda estava presente no sangue dos animais 29 dias após a ingestão.
Até agora a nova pílula anticoncepcional mensal só foi testada em porcas.
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Pílula anticoncepcional mensal: qual a importância do novo método
De acordo com os cientistas, a pílula anticoncepcional é sem dúvida um bom mecanismo para evitar gestações que não foram planejadas. O problema é que há um número relevante de mulheres que esquecem de tomar o medicamento todos os dias, enfraquecendo sua eficácia.
Uma pílula que fosse preciso ser ingerida apenas uma vez ao mês pode ser uma saída para essa situação. Assim, seria evitado que mulheres esqueçam de tomar a pílula anticoncepcional e diminuam a eficácia do método contraceptivo .
Eles também afirmam que esse novo formato de medicamento, no quesito liberação de substâncias, pode ser ampliado para uso em aplicações como para o HIV e Alzheimer.
Mas eles afirmam que precisam de mais estudos para garantir que os hormônios sejam liberados dentro de uma janela de tempo específica, e que as doses certas sejam encontradas para humanos.