Quando o assunto é o mundo da moda, o negócio, em sua maioria, é regido por mulheres. Segundo a Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), em 2021, a taxa de empreendedorismo entre mulheres aumentou no total de 24,6%. Sempre abraçando as oportunidades, a empresária Kamilla Agacci Boing viu a possibilidade de criar um dos maiores brechós de luxo do país: o Renovando o Luxo.
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A ideia de Kamilla foi criar um brechó voltado apenas para artigos de luxo entre clientes e fornecedoras de grifes famosas. Segundo ela, a empresa é voltada para clientes que querem negociar artigos de luxo de marcas famosas internacionais, compra e venda que renovam o closet e fazem a moda circular. O acervo conta com itens de marcas de luxo como Louis Vuitton, Chanel, Gucci, Hèrmes e diversas outras.
Porém, a empresária comentou que ao ter a ideia do negócio, passou por um grande desafio, uma vez que era uma época completamente diferente do que temos agora. “Eu comecei a empreender por hobby, depois que vi as minhas coisas acumuladas. Acabava comprando na impulsividade e quando não usava, repassava para minha mãe, irmã e para amigos. Então, eu decidi colocar as coisas no Instagram e Facebook e logo os produtos saíram muito rápido. Nisso, eu vi que o negócio tinha potencial”, lembra Kamilla.
“Na época era outro nome. Se chamava ‘Desapego de Luxo’. Porém, a época era bastante diferente. Comecei o meu negócio em 2013, o que foi bem difícil, já que não podíamos contar com muita facilidade e informação na internet. Hoje, muitos aparelhos ajudam a autenticar e a entender sobre as peças, o que era bem difícil de se fazer há dez anos. Então, a pessoa tinha que realmente conhecer. Existiam muitas barreiras”, revelou.
A empresária conseguiu ver uma oportunidade de negócio com o que tinha em mãos. Isso acabou levando ela a largar sua formação em Direito e focar exclusivamente em seu brechó. “Eu fiz três anos de administração. Fiz um ano de gastronomia. E acabei entrando em Direito, porque queria ter uma formação. Mas vi que não era aquilo que eu queria pra mim. Porém, quando eu abri a Renovando, eu vi que era inviável continuar, tanto que eu me formei, acabei a faculdade e fiquei como bacharel, não quis tirar a ordem. Porque já amava muito a Renovando comecei a me dedicar 100% ao brechó, não tive medo em momento algum”, disparou.
Devido à sua escolha, a empresária contou que sofreu muito julgamento por estar abrindo seu próprio negócio. Segundo ela, este foi o momento mais difícil de sua carreira. “Os maiores desafios com certeza foram os julgamentos e o preconceito em torno disso. Todo mundo dizia: ‘nossa, vai largar direito. Vai trabalhar com um brechó, vai vender coisa velha. Isso nunca vai dar dinheiro. Nossa, virou muambeira, virou sacoleira’. Teve muito preconceito e as pessoas não entendiam, né? E eu acho que isso com certeza foi o maior desafio. Quebrar o preconceito na cabeça das pessoas, principalmente em Florianópolis, a cidade onde eu moro”, revelou.
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No entanto, Kamilla persistiu e chegou em ótimos resultados para o seu empreendimento. Além disso, a empresária disse que irá expandir ainda mais a marca em 2023. “Quero levar ela para mais lugares e encontrar o maior número de pessoas possíveis. Levar essa moda e fazer as pessoas entenderem que é importante, sempre lembrando que ser consciente não é feio e nem brega. Poder dar valor ao seu dinheiro e não deixar as coisas jogadas, né? Além disso, poder ressignificar aquela peça, seja passando para alguém ou revendendo”, conclui Kamilla.