Vic Ferreira tem 18 anos e escreve ao iG Tenn todas as terças-feiras para falar sobre as descobertas da vida na adolescência
Depois dos 10 anos, perdi todos os cachinhos que meu cabelo formava. Eles deram espaço a um cabelo totalmente indefinido, com partes lisas, outras onduladas e alguns cachos escondidos. Essa mistura resultava em um cabelo volumoso, com o qual não sabia lidar e, por isso, vivia de cabelo preso. Aos 13 anos fiz a minha primeira escova progressiva e desde então, o processo se tornou parte da minha rotina, pelo menos uma vez ao ano.
No início desse ano, depois de 5 anos do início da química, decidi que queria conhecer meu verdadeiro cabelo, que não faria mais a viciante escova progressiva. Comecei a aplicar o produto no auge da minha pré-adolescência, fase que inicia uma cascata de mudanças, inclusive nos fios do cabelo, por isso, agora que decidi abandonar a química, não faço ideia de como meu cabelo vai ficar. Mas passei por cima de todos os medos, indecisões e padrões, dei início à transição capilar.
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Esse é o processo de retirada de todos os produtos em busca da textura natural do cabelo. Deixa-se o cabelo natural crescer da raiz até um comprimento ideal, na sua opinião, para o chamado big chop (ou BC): um grande corte que tira todas as pontas lisas e com química restantes.
Esqueça padrões e seja feliz
O primeiro passo para iniciar um processo como esse é se desprender de alguns padrões que estão presos a nós mesmas e amar quem você é. Você não PRECISA ter cabelo liso para ser bonita, não existem cabelos ruins e a opinião dos outros não importa se você estiver feliz com sua decisão.
Acho muito importante dizer que sim, estamos vivendo uma onda de aceitações capilares, mas isso não torna o cabelo cacheado moda, isso o torna simplesmente natural. Não se sinta forçada a abandonar a química ou a chapinha porque todos dizem que é o melhor. O melhor mesmo é fazer aquilo que nos faça feliz.
Velho cabelo novo, e agora?
Estou há seis meses sem a progressiva. Nesse meio tempo, cortei mais de 30 centímetros de meu cabelo, por isso grande parte do comprimento com a química foi embora. Já consigo ver cachos se formando em algumas partes do meu cabelo e nunca me senti tão feliz. Não vai ser fácil, mas vai valer a pena.
Também conto com a ajuda de vocês para fazer dessa coluna a mais interativa possível. Quero saber o que vocês querem ler, o que vocês estão achando do que escrevo e por aí vai, vale mensagem no Twitter, Instagram , Facebook e até no meu blog , porque redes sociais não faltam, não é mesmo?!
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* Victoria Ferreira
tem 18 anos e escreve às terças no iGTeen
Victoria Ferreira é do signo de Áries, fotografa iniciante e estudante do primeiro semestre de Jornalismo. Cupim de livros, rata da internet e viciada em séries. Gosta de conversar sobre tabus e assuntos que mais ninguém gosta de falar: "Para mim, os assuntos que as pessoas mais temem debater são os mais importantes". Vive em uma eterna discussão consigo mesma e sua cabeça nunca para. Foi exatamente por isso, que começou a escrever: para colocar esses pensamentos no papel, ou nas telas, melhor dizendo.