"Mãe cansada"
é o termo líder de pesquisas no Google, de acordo com o próprio buscador. Desde 2015, a palavra "cansada", no feminino, é mais buscada do que no masculino ("cansado"). Com o início da pandemia, em 2020, o termo começou a vir acompanhado da palavra "mãe" ou "maternidade".
O resultado por notícias, textos ou outros resultados mostram que o cansaço mental e psicológico é uma realidade maior nas mulheres, especialmente as mães
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"O que dizer para uma mãe cansada" é uma das frases mais buscadas no Google, que também demonstra que o pico de pesquisas foi em março - considerado o mês da mulher por celebrar o 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Uma das leituras que este dado oferece é que existem pessoas interessadas em melhorar a realidade das mães, abrindo espaço para conversas de como acolher estas mulheres.
As redes sociais têm impacto no crescimento deste diálogo, especialmente com pessoas desconhecidas e celebridades falando sobre maternidade real. As atrizes Giselle Itié , Samara Felippo e Carolinie Figueiredo criaram a "segunda das exaustas" durante a pandemia, onde elas conversam sobre maternidade, maternidade solo, criação de filhos e outros assuntos.
A não mais tão anônima Andressa Reis, moradora de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, fala sobre criação respeitosa, amamentação, maternidade real, relacionamento e trouxe um novo significado para o "não fiz nada o dia inteiro"- uma sátira à frase que pessoas usam para falar sobre mulheres mães que trabalham em casa e cuidam dos filhos que ainda mamam.
Também existem marcas de roupas voltadas a abordar o tema da maternidade real, como a Mamahood Store, Punk is Dad Store e Mama Bird. Entre camisetas, canecas e tatuagens infantis, a proposta é trazer a reflexão sobre o cansaço materno e qual o papel da sociedade no que diz respeito à mães e crianças.