Grávida ganha ação contra chefe que disse que iria deixá-la estéril
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Grávida ganha ação contra chefe que disse que iria deixá-la estéril

Uma secretária que foi identificada nos tribunais apenas como B Djagbo ganhou uma ação na Justiça contra seus antigos empregadores. Ela trabalhava na clínica ginecológica e de obstetrícia Women's Health Dulwich, comandada pela médica Berrin Tezcan e localizada em Londres, capital da Inglaterra. A antiga funcionária abriu o processo porque alega ter sido desrespeitada pela chefe quando estava grávida.

Segundo o jornal britânico Mirror, a secretária diz que a médica falou que iria deixá-la estéril e que colocaria um DIU nela que duraria uma década. Por conta desses comentários e por desrespeitar os direitos trabalhistas da antiga funcionária, Berrin Tezcan foi condenada a pagar uma indenização de 20 mil libras, o equivalente a R$ 145 mil.

Djagbo contou no tribunal que descobriu estar grávida da segunda filha em julho de 2019. Ela teria contado da gravidez para a chefe em outubro do mesmo ano e diz que no começo a médica foi simpática e compreensiva, dando até dois ultrassons de graça para a funcionária.

Porém, tudo começou a mudar um mês depois. Em novembro de 2019, a secretária diz que não pode ir trabalhar porque estava com mal-estar devido à gravidez. A chefe teria respondido que "não é como se ela tivesse sofrido um acidente de carro" e que "a menos que ela estivesse morrendo uma falta seria inaceitável".

Em dezembro daquele ano, a funcionária fez uma reclamação oficial e a médica teria respondido que ela não precisava voltar a trabalhar após a licença maternidade e que a secretária deveria se tornar uma dona de casa. Berrin Tezcan também teria descontado do salário de Djagbo o pagamento dos dias do recesso de Natal e de dois dias que ela não conseguiu ir trabalhar porque estava se sentindo mal.

A médica argumentou no tribunal que a secretária se uniu com outra funcionária. Ela alega que as duas conspiravam para provocá-la até que ela perdesse o controle, para assim poderem entrar com uma ação na Justiça Trabalhista. O juiz que julgou o caso considerou que or argumentos da médica não foram consistentes e determinou que a clínica ginecológica deveria pagar uma indenização de 20 mil libras para a antiga funcionária.

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