Em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, o filho de Kimberly Fernandes, 19 anos, sofreu uma lesão na clavícula durante o parto. “Quando o peguei nos braços, percebi que ele gritava muito de dor, até achei que tivesse quebrado o braço. Então, pedi para a pediatra fazer um raio-x para saber se estava tudo bem”, relata à Crescer .

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Em Campo Grande, bebê tem clavícula fissurada durante o parto
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Em Campo Grande, bebê tem clavícula fissurada durante o parto

Segundo a mãe, a médica afirmou que era normal o bebê chorar, pois fica dolorido quando nasce. “Insisti para fazer o exame e foi comprovado que ele teve a clavícula quebrada durante o parto”, relata.

“A enfermeira ainda me disse que isso era normal acontecer e que o osso ia ‘colar rápido’, era só eu fazer a mobilização dele em casa e levar para a fisioterapia em outro hospital. Se é normal isso acontecer eu não sei, mas, para nós que somos mães, é desesperador”, desabafa.

Kimberly diz que sua mãe sabe fazer a imobilização, pois, caso contrário, o bebê ficaria 15 dias com dor, já que ela não teve a assistência necessária. “Só conseguimos marcar atendimento em outro hospital para essa semana”.

A família será atendida no Hospital Universitário de Campo Grande nesta quarta-feira. “Não quero que isso aconteça com mais nenhuma criança. Dá muita dó. Meu filho chora muito de dor”, diz ao afirmar que denunciará o caso.

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Este não foi o primeiro caso de bebê com a clavícula fraturada durante o parto. Também em Campo Grande , dia 2 de novembro, segundo o site Midiamax , os médicos da Maternidade Cândido Mariano utilizaram um fórceps para ajudar a saída da criança, o que teria causado a lesão.

“Não deram nenhuma justificativa. As enfermeiras ainda comentaram: ‘O bom é que o osso cola rápido’. Dá uma dó dela, ela chora o tempo todo com dores”, fala a tia da criança.

Posicionamento dos hospitais

A assessora do Hospital Santa Casa de Campo Grande afirma que Kimberly passou por um parto normal sem intercorrências nem qualquer sintoma de gerasse desconfiança da anormalidade por parte dos profissionais. “O bebê nasceu com uma fissura (trincado) na clavícula direita, não houve fratura, que foi avaliada pela equipe da ortopedia”.

Eles ainda acrescentam: “Bebês choram normalmente após o parto sobre fraturas e/ou fissuras de clavícula, embora, seja uma situação desagradável e que gera transtornos, o evento apontado é fato fortuito, bem estabelecido na literatura e com estatística relevante na prática obstétrica, não configurando, desta forma, má assistência ou ato violento. Portanto, não há qualquer evidência de erro no atendimento prestado à referida paciente e seu recém-nascido”.

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A Maternidade Cândido Mariano também se posicionou. Apesar da evolução normal, em dado momento, ”quando estava com dilatação total e o bebê bem encaixado no canal de parto, houve dificuldade para expulsão espontânea do mesmo, apesar de todo o esforço feito pela paciente”. A assessoria ainda diz “para evitar que o bebê entrasse em sofrimento fetal, o médico plantonista se utilizou de um fórceps de alívio, abreviando o nascimento”.

“De imediato, o bebê foi avaliado pelo pediatra de plantão que constatou uma fratura na clavícula e imediatamente já iniciou o tratamento (imobilização). Esse tipo de complicação pode ocorrer subitamente, já no período expulsivo do parto, quando os ombros não tem espaço suficiente para atravessar o canal.

E como o bebê já estava muito encaixado, não havia mais como realizar uma cesariana. Hoje, o bebê está em boas condições e será encaminhado para acompanhamento especializado até recuperação completa da fratura".

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