Na quinta-feira (29), Mayra Cardi publicou um vídeo no Instagram segurando a filha Sophia no colo. O fato de a criança estar com a cabeça para trás foi algo que chamou a atenção dos seguidores, principalmente por ela ter apenas um mês de vida.
Em pouco tempo, as críticas começaram a surgir e muitos seguidores alertaram Mayra Cardi sobre os riscos de segurar a pequena daquela maneira. “Pelo amor de Deus!! Não deixe mais sua filha naquela posição agoniante...Ela não gosta de ficar daquele jeito! Ela não tem é força para voltar!”, escreveu uma seguidora.
Os comentários foram tantos que na sexta-feira, 30, a life coach publicou uma série de vídeos rebatendo as críticas. “Ela gosta de ficar assim! Ela estava inteira apoiada no meu braço, com as costas inteira apoiada. Ela só virou o pescoço para trás, mais nada”, diz.
Mayra ainda fala que mandou uma mensagem para o profissional responsável pelos cuidados da filha para se certificar do que estava fazendo. “Perguntei se isso estava errado e ele disse: ‘Lógico que não, Mayra, as crianças são flexíveis. Você estava segurando a coluna dela direito, estava parada no lugar, não estava pulando’”.
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Especialistas alertam para o risco da atitude de Mayra Cardi
Apesar de a life coach afirmar que não existem riscos de segurar a filha daquela forma, especialistas no assunto discordam. “É uma posição muito perigosa, pois o bebê encontra-se com uma hiperextensão da coluna cervical sem apoio”, alerta Márcio Alher Fonseca, ortopedista da Clínica Megamed.
De acordo com o ortopedista, o perigo da posição está no fato de existir o risco de lesões no estiramento ligamentar e, mais grave, na medula espinhal. A pediatra Bruna Briones ainda alerta que a posição pode impedir o bebê de respirar, já que a traqueia fica torta. Ela fala ainda sobre a questão muscular. "Quando [recém-nascidos] ficam de um jeito desconfortável, não sentem dor porque ainda não conseguem identificar o incomodo”, acrescenta a pediatra.
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Outro ponto de alerta é que o bebê de um mês ainda não ter força o suficiente para manter o pescoço fixo. Márcio explica que a estabilização da cervical e do pescoço acontece aos dois ou três meses de vida. Por isso, é preciso estar atento, já que mesmo se a criança estiver incomodada, ela ainda não tem forcas para voltar a cabeça sem ajuda. Além disso, Bruna afirma que não é comum que os bebês gostem dessa posição.
“O ideal são os pais ou responsáveis sustentarem a cabeça da criança de uma forma segura”, finaliza Bruna sobre o caso da filha de Mayra Cardi .