Lindsay Kaye Armstrong se casou em julho de 2015. Duas semanas depois, descobriu que já estava esperando um filho. Segundo a norte-americana, tudo aconteceu rápido, mas do jeito que realmente deveria ser. Assim que soube que seria mãe, ela ficou feliz, fez planos e desistiu de tudo o que havia pensado anteriormente. A situação ficou difícil, porém, quando Lindsay e o marido foram avisados de que era uma gravidez de risco.
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“A primeira metade da gravidez de risco
foi como eu sempre esperei que fosse. Eu sentia muita tontura e calor, não conseguia comer e sentia a boca seca. Mas eu não me importava desde que eu continuasse vendo meu lindo bebê crescendo cada vez mais a cada consulta médica”, conta Lindsay em relato publicado no blog “Love What Matters”. No post, ela diz ainda que lamentou, mais tarde, quando descobriu que a criança não estava se desenvolvendo.
“Em uma das consultas, notei que o médico ficou olhando para a minha barriga com preocupação. Eu estava prestes a perguntar o que estava acontecendo quando ele tirou uma fita métrica e me pediu para deitar. Eu obedeci, ele mediu meu estômago e disse que eu estava muito pequena. Mas eu sempre fui pequena”, afirma. Em seguida, Lindsay diz que se pesou e o médico ficou ainda mais assustado quando percebeu que, em vez de ganhar peso com a gestação, a paciente estava emagrecendo.
Antes de esperar uma criança, Lindsay pesava 52 kg. Com a gravidez de risco, a balança marcava apenas 42 kg. A diminuição do peso, no entanto, tinha um motivo: o cordão umbilical não estava trabalhando como deveria. “Havia um problema de fluxo de sangue entre a placenta e o bebê”, explica a mãe, que esperava resolver esse problema com repouso e uma boa alimentação.
“Eu tentei ficar calma. Eu tentei dizer a mim mesma que isso era algo que os médicos poderiam consertar. Eu faria repouso, tomaria banhos quentes ou tomaria algumas vitaminas diferentes. Eu faria qualquer coisa pelo meu filho”, diz ela. Nada disso, contudo, era suficiente.
Escolha difícil após a descoberta da gravidez de risco
Em uma conversa com o médico, a mãe entendeu que só tinha duas opções: o parto poderia ser feito antecipadamente, mas a criança poderia não sobreviver, ou a gravidez de risco poderia ser levada adiante, com o risco de o bebê não resistir e ter sérias complicações. Lindsay conta que pensou bem e decidiu continuar com a criança em seu útero.
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“Todos os dias eram uma aposta de que o cordão umbilical deixaria de funcionar, mas todos os dias também eram uma bênção, pois dava ao nosso filho uma chance maior de sobrevivência quando nascesse”, explica a moça, que resolveu batizar o herdeiro com o nome de Nealon, que significa campeão.
Pós-parto cheio de surpresas
Assim que Nealon nasceu, os médicos o levaram rapidamente para a UTI, onde o bebê permaneceu por muito tempo, rodeado de fios e aparelhos. Algumas horas após o parto, a mãe diz que foi surpreendida com a visita de um médico, que fez alguns desenhos e explicou o quadro de saúde do recém-nascido.
Aos prantos, Lindsay não sabia o que fazer para lidar com um diagnóstico tão difícil. Segundo ela, o médico não a poupou ao dizer que praticamente todos os órgãos de seu filho estavam comprometidos por conta da gravidez de risco e, para completar a sua dor, nem a companhia do marido, no hospital, ela tinha para dividir a angústia.
“O Charlie tinha conseguido um emprego naquele mesmo dia, não tinha como ficar comigo. Minha mãe foi para o hospital, mas eu não sabia se eu realmente ficava feliz por tê-la ali naquele momento porque eu não queria vê-la sofrendo daquela forma”, desabafa a mulher.
Para Lindsay, a única saída era a fé. Ela conta que resolveu apostar todas as suas forças nisso para ter seu filho bem e saudável. Aos poucos, ela diz que também mudou a forma de ver o médico que acompanhou o dia a dia de Nealon. No começo, a mãe admite que sentia raiva do profissional, que sempre levava notícias ruins, mas depois entendeu que ele queria e estava fazendo o melhor pelo pequeno.
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“Após 54 dias, meu filho recebeu alta. Ele estava saudável e eu muito feliz”, afirma a mãe. Para ela, Nealon é um milagre. Considerado por todos como um verdadeiro campeão, o garotinho de dois anos e meio é alegre e nunca fica doente, garantem os pais.
“Ele é inteligente, engraçado e amoroso. Se eu não tivesse acreditado em Deus, a história dele teria terminado em um funeral. Todas as vezes que olho para o meu filho, vejo uma criança que lutou muito pela vida”, garante a mãe que superou a gravidez de risco e conseguiu dar, recentemente, um irmãozinho para Nealon.