Para encontrar uma babá para os filhos, pais britânicos fizeram um anúncio em um site específico para isso. Até aí não há nada de novo, salvo pelo detalhe de que na descrição da vaga uma das exigências é que a profissional trate as crianças sem gênero, ou seja, não pode se referir aos pequenos como meninos ou meninas.
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Os pais vivem em Londres e relatam que estão com dificuldades de preencher o cargo. Eles estão dispostos a pagar um bom valor para a babá, que descrevem como “mente aberta” por aceitar a maneira como decidiram criar os filhos, que tem dois e seis anos.
No anúncio, divulgado pelo portal britânico “Daily Mail”, é dito que as mulheres que cuidaram das crianças anteriormente tentaram influenciá-las na escolha de um gênero e, por isso, foram demitidas. O desejo é que a babá chame os pequenos pelos próprios nomes e que não se refira às crianças e aos animais da casa pelos pronomes “ele” e “ela”.
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O que é preciso para a vaga?
As obrigações da profissional não fogem do convencional. Ela deverá cuidar das crianças todos os dias após saírem do berçário e da escolinha até os pais voltarem do trabalho. Caso os responsáveis se atrasem, deve colocar a criança para dormir e terá que trabalhar em alguns fins de semana.
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No tempo livre, os pais permitem que as crianças brinquem com seus brinquedos, leiam livros e assistam a programas de TV e a filmes pré-aprovado por eles, já que não admitem que os filhos vejam coisas que sejam estereotipadas, como aqueles desenhos considerados masculino ou feminino. A identidade dos britânicos permanece anônima, pois acreditam que muitas pessoas podem julgar a forma como criam os filhos.
Pais recebem apoio
O anúncio foi feito na plataforma Childcare, que ajuda os pais a encontrar pessoas ou locais para confiar os filhos. O polêmico anúncio ganhou tanta repercussão que até o Richard Conway, o co-fundador da site, se posicionou: “É uma pena que esses pais tenham tido tantos problemas para garantir a assistência para suas duas crianças, isso só porque as criam de forma neutras em termos de gênero”.
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A plataforma se posicionou totalmente a favor do casal e garante que eles têm o direito de procurar uma profissional que atenda esse perfil. Os pais seguem procurando uma babá que aceite tratar as crianças sem gênero. E você, vê algum problema com o anúncio?