Um novo estudo da Universidade de Nebraska-Lincoln, nos Estados Unidos, aponta que quanto mais cedo os meninos tem contato com a pornografia, mais chances eles têm de se tornarem homens misóginos e que querem ter poder sobre as mulheres.
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Os pesquisadores encontraram uma ligação clara entre a idade em que um menino é exposto pela primeira vez à pornografia e qual a probabilidade de ele ter atitudes sexistas e que objetificam as mulheres quando se tornar um homem adulto.
Detalhes do estudo
Foram entrevistados 330 homens com idade entre 17 e 54 anos, entre eles 85% eram brancos e 93% heterossexuais. Os pesquisadores perguntaram a cada um detalhes do primeiro contato que tiveram com conteúdo pornográfico, especificamente qual foi a idade e se essa exposição foi intencional, acidental ou forçada.
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Os participantes foram, então, convidados a responder uma série de 46 perguntas sobre comportamentos que são considerados masculinos, como machismo e sexismo. O resultado apontou que a média da primeira exposição foi de 13 anos, sendo a mais nova aos cinco anos e a mais velha aos 26. A maioria das exposições foram acidentais, com mais de 40%.
“Descobrimos que quanto mais jovem um homem tinha contato com conteúdo pornográfico, mais provável era a chance de ele querer exercer poder sobre as mulheres”, afirma Alyssa Bischmann, uma das responsáveis pela pesquisa, ao site “Daily Mail”.
A pesquisadora explica que ainda é necessário fazer mais pesquisas sobre o tema para encontrar mais detalhes sobre essa relação, mas é evidente a relação entre comportamento misóginos e o contato com esse tipo de conteúdo. Alyssa acredita que esse resultado pode estar relacionado a variáveis que não foram examinadas.
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Papel de pais e educadores
A pesquisadora também afirma que conhecer mais sobre a relação entre o conteúdo pornográfico e o comportamento dos homens com as mulheres podem auxiliar na prevenção de agressões sexuais, especialmente entre meninos que podem ter sido expostos ao pornô ainda na infância.
Diante dos dados expostos no estudo, cabe aos pais e educadores o papel de orientar e monitorar o conteúdo acessado pelas crianças na internet para evitar que a pornografia seja encontrada e, quem sabe, diminuir o comportamento misógino no futuro.