Falar sobre sexo e sexualidade ainda é um tabu para muitas famílias. Porém, abordar a educação sexual com os filhos é essencial para que eles entendam as questões livre de preconceitos e mitos. 

“Educação sexual desde cedo não estimula vivência precoce do sexo”

A educação sexual pode contribuir para que as crianças identifiquem possíveis abusos
Reprodução/ Agência Patrícia Galvão
A educação sexual pode contribuir para que as crianças identifiquem possíveis abusos

Segundo Deborah Moss, neuropsicóloga especialista em comportamento infantil, a educação sexual é importante para passar informações a crianças e jovens sobre demandas que estão latejando naquele momento da vida delas, dando conta de tirar fantasmas e ideias fantasiosas sobre o tema.

Além disso, também é importante para que as crianças aprendam que cada um tem um corpo com especificidades e que esse corpo precisa ser respeitado. Nesse sentido, ao receber as informações, elas conseguem identificar possíveis abusos e reconhecer que a situação é estranha e anormal. 

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Qual a melhor idade para falar sobre o tema?

Desde pequenas, as crianças fazem perguntas sobre o corpo, as diferenças entre meninos e meninas, como os bebês vão parar na barriga das mães e por aí vai. De acordo com a neuropsicóloga, as dúvidas devem ser sanadas assim que forem levantadas, independente da idade.

"Respostas simples dão conta, e com o tempo elas vão solicitando mais detalhes e fazendo perguntas mais complexas", diz Deborah. Além disso, a especialista explica que falar sobre sexualidade não necessariamente é falar sobre sexo. "Muitas vezes a criança esté apenas curiosa e isso é normal da idade", explica. 

Em relação aos adolescentes, é fundamental que o diálogo esteja sempre aberto. "É importante que se tenha um canal de comunicação com o adolescente para que ele possa tirar suas dúvidas e ser acolhido nas suas angustias e questões", orienta.

Escola x Família

Há sempre uma dúvida em relação a qual instituição deve ser responsável pela educação sexual de crianças e adolescentes. Para a neuropsicóloga, o tema deve ser abordada tanto pela família quanto pela escola. "São parcerias, um não exclui o outro", reforça.

É muito comum que crianças comentem em casa os assuntos tratados na escola e questionem a família sobre certos temas. Por isso, Deborah considera fundamental que os pais estejam abertos e preparados para possíveis dúvidas relacionadas à educação sexual. “Também é importante que haja um diálogo entre família e escola”, explica. 

+ Como falar com seu filho sobre homossexualidade

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