Um novo estudo desenvolvido na Universidade “King’s College”, de Londres, descobriu que pequenas doses de aspirina (150mg) podem reduzir a chance de gestantes desenvolveram pré-eclâmpsia – condição que, em casos extremos, pode levar à morte do feto.

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Pequenas doses de aspirina no início da gestação podem reduzir os riscos da mulher desenvolver pré-eclâmpsia
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Pequenas doses de aspirina no início da gestação podem reduzir os riscos da mulher desenvolver pré-eclâmpsia

A pesquisa, que foi liderada pelo professor de medicina Kypros Nicolaides e publicada no “Jornal de Medicina da Inglaterra”, identificou uma redução de mais de 80% na taxa de pré-eclâmpsia em mulheres que tomaram aspirina . De acordo com os pesquisadores, esse resultado é a prova de que prescrever o medicamento durante a gravidez é a saída para evitar a condição.

Eles esperam que os novos dados alterem a forma como os médicos entendem e tratam a condição, melhorando o período gestacional tanto para a mãe quanto para o bebê. “Esse extenso estudo é uma prova definitiva de que as mulheres devem tomar doses do medicamente no primeiro trimestre de gravidez para reduzir as chances de desenvolverem a pré-eclâmpsia”, afirmou um dos pesquisadores ao site “Science Daily”.

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Detalhes do estudo

Para chegar a esses resultados, os pesquisadores analisaram aproximadamente 1,8 mil mulheres que apresentaram alto risco de pré-eclâmpsia. Metade das gestantes recebeu doses de 150mg do comprimido da aspirina entre a 11ª e a 14ª semana de gestação até a 36ª semana. Enquanto isso, a outra metade recebeu comprimidos de placebo. A partir disso, eles perceberam que os índices de pré-eclâmpsia foram menor no primeiro grupo.

Pré-eclâmpsia 

A pré-eclâmpsia é uma condição que pode acontecer após a 20ª semana de gestação e faz com que o fluxo de sangue da placenta seja reduzido, restringindo oxigênio e nutrientes para o feto – afetando o crescimento. Como consequência, o bebê pode nascer prematuro e, em casos extremos, levar à morte da mãe e do feto.

Histórico familiar de obesidade, diabetes, hipertensão arterial ou doença renal aumentam os riscos de desenvolver a condição. Existem dois níveis de pré-eclâmpsia: a grave, que se desenvolve em 2% das gestantes e a leve, que atinge até 6% das mulheres.  

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A OMS (Organização Mundial da Saúde) já recomenda pequenas doses de aspirinas antes da 20ª semana de gestação para mulheres que apresentam fatores de risco da pré-eclâmpsia. No entanto, é importante lembrar que antes de tomar qualquer médicamento é preciso consultar um obstetra. 

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