Durante muitos anos, estudos e pesquisas apontavam que mulheres obesas eram o grupo com maior risco de desenvolver pré-eclâmpsia durante a gravidez e que a obesidade era um dos principais fatores de risco para a condição. 

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A pré-eclâmpsia é caracterizada pela alteração da pressão arterial e atinge de 5 a 8% de todas as mulheres grávidas
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A pré-eclâmpsia é caracterizada pela alteração da pressão arterial e atinge de 5 a 8% de todas as mulheres grávidas

No entanto, um estudo recente da Universidade da Pensilvânia (EUA) revelou o contrário. Os pesquisadores afirmam que, na verdade, as mulheres que são consideradas obesas apresentam baixo risco de sofrer com as consequências da  pré-eclâmpsia .

A ginecologista e obstetra Lisa Levine, uma das pesquisadoras do estudo, explicou em entrevista ao site “Daily Mail” que os resultados apontam que as mulheres obesas têm menos da metade da probabilidade de sofrer as consequências da condição (derrames e convulsões, por exemplo) do que as mulheres com o peso ideal.

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Detalhes do estudo

Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores analisaram os registros hospitalares de cerca de 200 mulheres que foram diagnosticadas com a condição em seu estágio mais grave. A partir dos dados, eles compararam as características de mulheres obesas e não-obesas que se encontravam nesse grupo.

Descobriu-se então, que as mulheres obesas apresentavam menos da metade da probabilidade de ter uma consequência grave da pré-eclâmpsia em estágio avançado. Ou seja, menos de 50% corria o risco de ter um acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência hepática, insuficiência renal, coagulação do sangue, distúrbios e convulsões durante os meses de gestação.

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O que é?

A condição é marcada pela alteração da pressão arterial, a hipertensão, e acontece em 5 a 8% das mulheres grávidas. De modo geral, surge nos últimos meses de gestação e pode ser rapidamente curada. No entanto, pode levar a sérias complicações para a mãe e o bebê se não for devidamente identificada e tratada.

Especialistas explicam que a pré-eclâmpsia é uma das principais causas de morte fetal e de morte materna durante a gravidez. Além disso, estudos recentes também apontam que a condição pode aumentar o risco de a mãe desenvolver doenças cardíacas no futuro.

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