Aos 12 anos de idade, Krista Schwab foi diagnosticada com uma condição rara: os médicos identificaram que ela havia nascido com duas vaginas e dois úteros. A notícia foi um choque e, um ano após receber o diagnóstico, os especialistas alertaram que Krista nunca poderia ter filhos.
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"Anomalias uterinas, como são chamadas, têm sido associadas com infertilidade, aborto espontâneo e parto prematuro", explica o especialista Nick Raine-Fenning ao site britânico "Mirror" sobre a relação entre as duas vaginas e o fato de a pessoa que porta a anomalia ser considerada infértil.
A condição de Krista nunca foi algo fácil de aceitar, tanto para ela quanto para o marido. E mesmo acreditando que era infértil, ela não deixou de tentar engravidar. "Todo o tempo em que estive com meu marido, não usamos proteção", conta.
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"Por anos, meu marido e eu choramos, rezamos e sonhamos em ter um filho", desabafou. Ela ainda conta que chegou a sofrer dois abortos espontâneos e fez uma série de teste de gravidez, mas os resultados eram sempre negativos. Krista e o marido chegaram a um ponto de exaustão e pensaram em desistir de desejar uma criança.
Para a surpresa de todos, aos 32 anos de idade, Krista recebeu a notícia de que está esperando um bebê. Ela está grávida de cinco meses e o bebê está se desenvolvendo no útero esquerdo. "Foram dez anos tentando ter um bebê e apenas aconteceu. Eu quero as mulheres com a mesma condição que eu não deixem ninguém lhes dizer que milagres não podem acontecer", diz.
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Cesárea x parto natural
A maioria das mulheres com a mesma condição de Krista precisa ser submetida à cesárea. No entanto, ela espera não precisar passar pelo procedimento. "Os médicos acham que vou precisar de uma cesárea, mas estou sonhando com um parto natural na água", conta.
Mesmo sonhando com isso, Krista comenta que está aflita com a possibilidade de o bebê ter dificuldades para nascer por conta das duas vaginas. "Estou com medo de ele ficar preso, uma vagina é muito menos que a outra", diz. Ainda não é possível saber se o parto natural será viável ou não. O que resta à Krista é esperar.