A transição do leite materno para os alimentos sólidos é um momento que requer muita paciência e cuidado dos pais, já as refeições devem ser preparadas de forma adequada para a construção do paladar da criança. Confira dicas de como fazer isso da melhor forma.
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Tempo certo
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade do bebê. Por isso, não há necessidade de oferecer para os bebês alimentos para complementar o leite materno, afinal, ele é suficiente para suprir todas as necessidades nutricionais da criança.
A partir do sexto mês, recomenda-se introduzir outras comidas, como sucos de fruta pela manhã e papinhas de fruta no período da tarde. “Eles devem ser oferecidos no intervalo das mamadas e a quantidade deve ser aumentada gradativamente com o passar do tempo", aconselha Cid Pinheiro, pediatra do Hospital São Luiz Morumbi.
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Começar pelas frutas serve como um preparatório para a papinha salgada, que deve ser oferecida algumas semanas depois.
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Consistência
O pediatra explica que a consistência da comida deve ser adequada ao nascimento da dentição da criança. Assim, ela consegue cortar e esmagar aquilo que for sólido, evitando engasgos e sufocamento. É importante que alguns ingredientes sejam evitados pelo máximo de tempo possível, como é o caso do açúcar. “Doces não são recomendados às crianças, já que podem levar à obesidade na infância e, posteriormente, trazer complicações tais quais diabetes e hipertensão arterial na fase adulta”, diz Cid.
Aparência
Para o especialista, a refeição deve ser atrativa para as crianças. Por isso, aposte na variação de sabores, cores e formas no prato. Isso vai deixar o momento da refeição mais prazeroso. Além disso, as crianças devem receber todo tipo de alimento independentemente da preferência da família.
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Paciência
Paciência é uma das chaves para esse processo. Caso a criança pareça não gostar de um ingrediente específico, não se preocupe! Novos alimentos precisam ser introduzidos e os pais não devem considerar um evento de grande importância quando a criança recusá-lo. A rejeição de uma determinada comida só será considerada significativa após a oferta de, pelo menos, dez vezes”, explica o pediatra.