Sabemos que não existe substituição para o  leite materno e que ele é o melhor alimento para recém-nascidos, além de ser o mais indicado para crianças de até os dois anos de idade. Porém, nem todas as mães conseguem produzir leite e amamentar até essa fase. Diante dessa situação, o que é melhor para a alimentação infantil: fórmulas ou compostos lácteos

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Fórmulas infantis e compostos lácteos podem ser uma alternativa para a alimentação infantil
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Fórmulas infantis e compostos lácteos podem ser uma alternativa para a alimentação infantil


Ambos são importantes complementos para  alimentação infantil , mas apresentam indicações e restrições específicas que devem ser levadas em conta na hora da escolha. Em entrevista ao Delas, o pediatra Paulo Roberto Pachi tira todas as dúvidas sobre o tema. 

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Fórmulas infantis

De acordo com Paulo Roberto, as fórmulas infantis são indicadas para crianças com menos de um ano de idade quando há ausência de leite materno. "Elas podem ser compostas de proteínas extraídas do leite de vaca ou de soja, principalmente, e recebem adições de outras fontes para se assemelharem, em composição bioquímica, ao leite materno", explica o pediatra.

Segundo o especialista, elas trazem  nutrientes que não são encontrados no leite de vaca, mas são fundamentais para crescimento e desenvolvimento da criança. Além disso, previnem doenças futuras, como a obesidade. Também é possível elaborar fórmulas para crianças que apresentam demandas específicas, como alergias ou intolerâncias a determinadas substâncias. 

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Compostos lácteos 

Os compostos lácteos têm aparência parecida com a do leite em pó, mas não podem ser considerados a mesma coisa já que, mesmo sendo obtidos a partir da substância, apresentam outros ingredientes que são importantes para o desenvolvimento dos pequenos. São indicados apenas para crianças com mais de um ano de idade ( recém-nascidos não podem consumir) e funcionam como uma alternativa mais saudável ao leite de vaca.

O pediatra explica que, quando comparado ao leite de vaca, o composto apresenta melhor conteúdo de cálcio e fósforo, substâncias importantes para a saúde óssea. Além disso, há adição de componentes como colina – fundamental para a formação de neurotransmissores–, zinco e gorduras, que são importantes para a imunidade e visão da criança, e menor teor de sódio. "Estas substâncias não são encontradas em quantidades adequadas no leite de vaca, ou são até ausentes", explica.

Eles são importantes complementos da alimentação infantil, mas é preciso atenção quanto às restrições de consumo.  O composto lácteo não é indicado para crianças cardiopatas, que possivelmente tem restrição ao sódio, nem para crianças com alergia à proteína do leite. De acordo com Paulo Roberto, no último caso, ela deve consumir fórmulas hidrolisadas, de aminoácidos ou de soja. 

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