Nike é acusada de
Reprodução/Instagram
Nike é acusada de "sexismo" por uniforme da seleção feminina de atletismo dos Estados Unidos para as Olimpíadas de Paris

A Nike tem sido acusada de "sexismo" após divulgação de uma prévia dos  uniformes da equipe feminina de atletismo dos Estados Unidos para as  Olimpíadas de Paris 2024.  Um dos modelos desenhados pela marca, uma espécie de maiô considerado "cavado" demais, repercutiu negativamente entre atletas.  

A ex-atleta Lauren Fleshman, campeã americana de atletismo, foi uma das primeiras a se pronunciarem. "Os atletas profissionais devem ser capazes de competir sem dedicar espaço cerebral à vigilância púbica constante ou à ginástica mental de ter todas as peças vulneráveis do seu corpo em exposição. Os kits femininos devem estar em serviço do desempenho mental e físico. Se essa roupa fosse verdadeiramente benéfica para o desempenho físico, os homens a usariam", disse ela em publicação pelo Instagram. 

Já a velocista americana Queen Harrison Claye foi irônica ao sugerir que uma rede de salões de depilação patrocinasse a seleção de atletismo dos EUA. A atleta paralímpica americana Femita Ayanbeku, que também é velocista, declarou: "Isso só pode ser piada", enquanto Colleen Quigley, que competiu nos Jogos Olimpícos do Rio 2016, enfatizou a importância de as atletas se sentirem confortáveis, e não constrangidos, durante as competições: "Todos que competem pela equipe dos Estados Unidos merecem um uniforme com o qual se sintam confortáveis, no qual não precisem se preocupar em se sentirem constrangidos".

Por outro lado, houve quem defendesse o novo uniforme, caso da americana Katie Moon, atleta de salto com vara. "Quero ser clara e começar dizendo que o que foi mostrado no manequim era preocupante e justificava a resposta que recebeu", começou ela, em post pelo Instagram. "Mas também vi pessoas fazendo comentários do tipo: 'Por que não podem fazer o uniforme masculino para as mulheres?'", continuou.

"Temos pelo menos 20 combinações diferentes de uniforme para competir, nós temos a opção dos homens disponível para nós se quisermos. Quando você ataca o maiô dizendo algo como "sexista" (que se essa fosse a nossa única escolha, seria), mesmo que seja com a melhor das intenções, você está atacando a nossa decisão como mulheres de usá-lo. E se você honestamente pensa que, nos dias mais importantes das nossas carreiras, estamos escolhendo o que vestir para satisfazer os homens que assistem, em vez daquilo que nos faz nos sentirmos mais confortáveis e confiantes em usar para executar o melhor das nossas habilidades, isso é bastante ofensivo. A questão é que temos a escolha do que vestir, e se nos sentimos melhor num saco de batatas ou numa roupa de banho durante as competições, devemos apoiar a autonomia", adicionou Katie.

Ao The New York Times, John Hoke, diretor de inovação da Nike, reforçou que os dois uniformes apresentados eram apenas uma das várias opções que estarão disponíveis para os atletas.

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