Quando a Barbie foi criada, em 1959, não se falava em representatividade. Nem mesmo quando a primeira boneca negra da coleção foi lançada, duas décadas depois, esse assunto era amplamente debatido. Para diversas meninas que cresceram nos anos 2000, ter uma Barbie era um sonho. Muitas tiveram, mas poucas se sentiam representadas por ela. A modelo Louyse foi uma das crianças que teve o brinquedo, mas não via nele uma referência.
"Sempre gostei da Barbie! Sempre foi minha boneca preferida, tive várias e guardo algumas até hoje, além de assistir os filmes e brincar com os jogos, mas esse sempre foi um universo muito 'branco' e muito distante da minha realidade ou de quem eu sou. Um dos meus filmes preferidos é 'O diário da Barbie', de 2006, porque uma das personagens centrais é negra", diz.
Ela ainda recorda o documentário que foi feito para falar sobre a primeira Barbie negra: "A primeira boneca da minha cor foi lançada por volta de 1980 e até existe um documentário chamado 'Black Barbie', que fala um pouco sobre ela, mas poucas pessoas sabem porque não houve grande repercussão na mídia. Quando elas chegaram ao mercado, eu já não brincava mais de bonecas. Cresci sem poder ter referência nem mesmo em um brinquedo".
Atualmente, Louyse tem alcançado lugares que não imaginava e, agora, é referência como modelo: "Me sinto muito grata por saber que meu trabalho tem um significado bem maior do que somente fazer fotos ou desfilar. Cresci com poucas referências de mulheres negras na TV, no cinema, na moda e na arte no geral, mas saber que hoje eu ocupo um lugar de referência para outras meninas negras é muito significativo", finaliza.
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