alline goulart
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Alline Goulart, diretora de operações da Semente

O empreendedorismo feminino é há muitos anos um motor de crescimento no Brasil. Segundo dados do GEM (Global Entrepreneurship Monitor) 2020, coletados com apoio do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e do IBQP (Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade), as mulheres lideram 10,1 milhões de empreendimentos no País, chegando a 34% do total de negócios formalizados. , já é um cenário melhor, se comparado aos meses de pico da pandemia. De forma síncrona, indicativos da RME (Rede Mulher Empreendedora) apontam que mais da metade (55%) das empresárias brasileiras abriram negócios nos últimos 3 anos, em plena pandemia de Covid-19.

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Dentro deste contexto, olhar para o desenvolvimento dos negócios liderados por mulheres de forma customizada tem sido imperativo para a sustentabilidade dos negócios. E é exatamente o que a Semente, empresa de educação empreendedora que olha para o desenvolvimento de negócios inovadores de impacto, faz: projetos capitaneados por grandes organizações para desenvolver mulheres empreendedoras. Ao longo de 2022, foram 15 estados alcançados por 9 projetos que capacitaram mais de 2 mil mulheres. O número representa cerca de 80% do número geral de pessoas apoiadas no ano.

“Em 2020, atingimos quase mil mulheres; em 2021, um pouco mais de mil empreendedoras, e neste ano, duplicamos essa meta entendendo a necessidade de apoiar essas mulheres para a prosperidade de seus negócios. Programas como o Empreenda como uma mulher são necessários para liberar o potencial de mulheres empreendedoras ao desenvolver suas lideranças, seus negócios e o ecossistema de que fazem parte. O papel da Semente é apoiar, através de metodologia própria, o desenvolvimento dessas capacidades, proporcionando-lhes liberdade para inovar, explica Alline Goulart, diretora de operações da Semente.

Cada programa possui um período de seleção, através de formulário online. Nesta inscrição, as empreendedoras precisam responder algumas informações em relação ao negócio do ideia para ser validada a trilha e os pré-requisitos que está se inscrevendo. Neste ano de 2022 rodamos 11 programas, alcançando mais de duas mil pessoas. Assim, programas no MS o critério é ter CNPJ ou residir no estado, por exemplo. Em SC rodamos trilhas para mulheres que são seus próprios negócios, para quem tem equipe, para quem quer empreender, para fundadoras de startups e assim por diante.

Além de aumentar o número de mulheres donas de negócios, outra necessidade percebida pela Semente foi alcançar diferentes localidades, saindo do eixo Rio-SP.. Por isso, ainda em 2022, a Semente aumentou o impacto, expandindo projetos para outros estados como:  Rio Grande do Sul, onde concentram 29% das empreendedoras; Espírito Santo, com 28,5%; Santa Catarina, que representa 26,9%; e Mato Grosso do Sul, com 13% de mulheres apoiadas. Paraná, Bahia, São Paulo, Pará e Ceará aparecem em seguida.

“Nós entendemos que além do empreendedorismo feminino, existem alguns contextos em que temos que adotar também a nossa metodologia de empreendedorismo periférico, para poder desenvolver melhor as mulheres que vivem em locais mais distantes dos investimentos das grandes empresas e até mesmo do poder público”.

Os projetos duram entre três meses e um ano, dependendo da trilha e objetivo de cada um.  "Por exemplo, o programa Empreendedora Tech do Sebrae SC durou oito meses, assim como o Empreenda como uma Mulher da Coca-cola Femsa."

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Um dos projetos de capacitação que tem apoio metodológico da Semente, o Empreenda como Uma Mulher, foi realizado em Porto Alegre (RS) em parceria com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, Sebrae RS e da Coca-Cola Femsa. Entre as 600 inscritas que realizaram a capacitação está a Paula Moletta, fundadora da Ellta Sustentabilidade, especializada em consultoria de projetos de licenciamento ambiental, tratamento de água e efluentes e gestão de resíduos. A empreendedora relata que com o passar do anos sempre sentiu a necessidade de reunir as principais informações para o bem-estar do negócio. 

“Sou formada em engenharia sanitária ambiental e sentia que meu curso era muito voltado para o mercado acadêmico, e eu nunca me vi nele, me enxergava com meu próprio negócio, e senti dificuldade em abri-lo, já que na universidade não tinham essas informações. Antes do projeto, eu também sentia falta de ter uma rede de mulheres para trocar informações, experiências, e isso foi conquistado, construi uma conexão forte com outras empreendedoras, o que será muito importante para o meu negócio”, conclui Paula.

As empreendedoras permanecem em uma comunidade online auto-gerida além de ser ativadas com eventos gratuitos ao longo do ano e a possibilidade de se inscrever em outros programas.

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