Vitórya foi morta em shopping de Niterói
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Vitórya foi morta em shopping de Niterói

Dois meses depois da morte da jovem Vitórya Melissa Motta, assassinada aos 22 anos por um colega de curso em um shopping de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, a Justiça do Rio realizou, nesta segunda-feira, na 3ª Vara Criminal do Fórum de Niterói, a primeira audiência para julgamento do caso, com a presença de testemunhas de defesa e de acusação.

Réu por feminicídio, Matheus dos Santos da Silva, de 21 anos, encontra-se preso preventivamente e também participa da audiência. Vitórya foi morta a facadas na praça de alimentação do centro comercial. À época, um sentimento não correspondido de Matheus pela jovem foi apontado como a motivação para o crime.


Desde as 13h40, quando as oitivas tiveram início, 11 testemunhas foram ouvidas. Entre elas, estão policiais que participaram da investigsação, amigos próximos de Vitórya e funcionários do shopping, como seguranças e trabalhadores de lojas. Apenas uma pessoa convocada, identificada como colega de Matheus e Vitórya no curso para auxiliar de enfermagem, não compareceu à audiência.

Ao depor em juízo, várias testemunhas destacaram a frieza do réu, que permaneceu de cabeça baixa enquanto esteve na sala a audiência. Abalada, uma funcionária do shopping, presente no momento do crime, relatou o desespero de Vitórya durante o ataque:

"Lembro que quando ela estava viva eu a ouvi dizendo "Socorro! Ele vai me matar!", disse. A mãe de Vitórya, Marcia Maria Mota, acompanha os depoimentos ao lado de amigos da filha e parentes. Visivelmente abalada, ela não deu declarações.

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"Até agora, não houve qualquer novidade para nós sobre o caso. O que a gente espera é que a justiça seja feita", diz Patrícia Sodré, tia de consideração da vítima.

Uma colega de Vitórya, que pediu para não ser identificada, contou que o agressor disse que estava apaixonado pela amiga. Em 30 de maio, aniversário da vítima, tentou presenteá-la com dois livros, mas ela se esquivou. Matheus, no dia do crime, atingiu a jovem com oito golpes de uma faca comprada minutos antes no shopping.

A defesa do acusado entrou com um pedido de que um laudo de insanidade mental fosse produzido. A juíza da 3ª Vara Criminal de Niterói, Nearis dos Santos Carvalho Arce, porém, não autorizou o exame. Num trecho da decisão, fundamenta que “não há nos autos qualquer indício de que o réu seja acometido de distúrbio psiquiátrico”.

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