Desde que estavam confinadas na casa do "BBB 20", Marcela Mc Gowan e Gizelly Bicalho  falavam sobre temas relacionados ao feminismo e comentavam sobre a vontade de criarem algum projeto juntas. Esse momento finalmente chegou. Elas se uniram à advogada Isabella Borges e criaram o perfil Sentinela Delas, com o intuito de informar as pessoas sobre violência doméstica e agressão à mulher. 

Marcela e Gizelly se unem em projeto contra violência doméstica
Reprodução/Instagram
Marcela e Gizelly se unem em projeto contra violência doméstica

"Surgiu a ideia de montar um perfil para falar sobre violência doméstica, para contar que violência doméstica vai muito além de uma agressão física. Na verdade, uma agressão física, um soco, deixa marcas transitórias na pele, gera um trauma físico. Mas a palavra, ela pode edificar ou destruir", elas escreveram no manifesto do projeto. 

O Sentinela Delas já tem perfil no Instagram e no Twitter e tem posts que abordam diferentes temas. Nas publicações, elas explicam conceitos básicos feministas e falam sobre o corpo e os direitos das mulheres. "Precisamos receber as informações básicas, compreender o que é a cultura patriarcal", elas explicam no manifesto.

"Precisamos compreender o que significa o machismo, entender que machismo é um preconceito, um preconceito que nos paralisa. É esperar que mulheres e homens se comportem de formas estereotipadas pela sociedade", Marcela, Gizelly e Isabella concluem.

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Sentinelas Delas; O projeto surgiu de uma forma muito especial, a minha anjinha da guarda, a Lucila, que é também anjinha da guarda da @manugavassi conectou a gente. Simplesmente achou que teríamos algo para fazer juntas e nos apresentou virtualmente. A partir desse momento, eu e a Gi passamos a nos falar com frequência e entre muitas conversas surgiu a ideia de montar um perfil para falar sobre violência doméstica, para contar que violência doméstica vai muito além de uma agressão física. Na verdade, uma agressão física, um soco, deixa marcas transitórias na pele, gera um trauma físico. Mas a palavra, ela pode edificar ou destruir. Toda a sutileza das violências psicológicas encontra respaldo na cultura patriarcal que está completamente inserida nas nossas vidas. Por isso é muito difícil explicar o fenômeno, mais difícil ainda é transformar a consciência mental, que adquirimos depois de estudar muito esse processo, em cura emocional, física e espiritual. Por que eu falo em cura? Porque não basta curarmos a nossa mente alimentando ela com informações que nos façam enxergar esse complexo fenômeno que é a violência doméstica, é preciso que a gente cure o nosso coração, que é a morada das nossas emoções, é preciso que a gente cure os registros que carregamos no fundo das nossas almas, para que o ciclo da violência não se perpetue, não continue a se manifestar em novas relações, é preciso que a gente cure o nosso corpo de todos os traumas, medos e violações que nós mulheres já vivemos ao longo das nossas histórias pessoais e das culpas que carregamos. Mas para isso, temos que seguir alguns passos. Primeiro precisamos receber as informações básicas, compreender o que é a cultura patriarcal, que é em poucas palavras aquela concebida há mais de 5.000 anos, que coloca o homem, pai, como centro das tomadas de decisões, como o que organiza e estrutura uma sociedade, e a mulher como “filha”, ou “esposa”, que obedece, mas que não tem voz. Precisamos compreender o que significa o machismo, entender que machismo é um preconceito, um preconceito que nos paralisa. É esperar que mulheres e homens se comportem de formas estereotipadas pela sociedade. [cont. nos comentários]

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