Sierra Dawn Eggum, de 21 anos, que vive em Washington, nos Estados Unidos, foi diagnosticada com alopecia em 2013. Na época, quando o cursava o ensino médico, a jovem conta que notou que havia algo de incomum acontecendo quando seu cabelo começou a cair. A doença  mexeu com sua confiança e, quando se olhava no espelho, não conseguia se sentir bem.

Sierra Eggum foi diagnosticada com alopecia durante o ensino médio e, na época, não se sentia bem ao olhar-se no espelho
Reprodução/YouTube/Barcroft TV
Sierra Eggum foi diagnosticada com alopecia durante o ensino médio e, na época, não se sentia bem ao olhar-se no espelho

Em entrevista à Barcroft TV , Sierra explica, em detalhes, como descobriu a alopecia . “Eu me lembro claramente do primeiro dia que aconteceu. Estava na aula de ginástica e fazia muito calor. Acabei suando, o que fez minha cabeça coçar. Na parte de trás, passei a mão por um ponto que estava irritado e percebi algo se soltar do meu couro cabeludo”, relata.

Na hora, ela diz que teve um sentimento estranho. “Foi quase como se algo fosse arrancado de mim. Retirei, olhei para baixo e vi pelo menos oito fios na minha mão. E todos eles tinham toda a raiz do cabelo. Ignorei. No entanto, não percebia que a situação ia ficar muito pior. A queda continuava daquele exato ponto repetidas vezes”, expõe.

A jovem ainda traz mais mais informações. “Toda vez que eu lavava minha cabeça, sempre que usava uma escova para pentear ou até mesmo com as mãos, mais e mais cabelo saía daquele lugar em particular. E o que era uma careca do tamanho de uma ervilha se tornou do tamanho de uma tangerina ”, acrescenta.

Por conta da condição, Sierra se separou dos seus amigos e ficou menos otimista. “Eu não era intimidade. Era mais como se eu fosse evitada e ‘empurrada’ para longe das pessoas. Elas não interagiam comigo e foi como se eu tivesse sido tratada com silêncio durante a maior parte da minha vida na escola”, relata.

Algumas pessoas, inclusive, faziam comentários maldosos. “Ouvi gente falando de mim e sussurrando: ‘Olha! O que há de errado com ela?’. Acho que pensavam que eu estava buscando atenção, pois nunca cobri minha cabeça com perucas e chapéus ”, ressalta. 

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Jovem busca ajuda para enfrentar a alopecia

Sierra procurou ajuda online para enfrentar a alopecia e, em um fórum, conheceu Zane, que, atualmente, é seu noivo
Reprodução/YouTube/Barcroft TV
Sierra procurou ajuda online para enfrentar a alopecia e, em um fórum, conheceu Zane, que, atualmente, é seu noivo

Quando completou 18 anos, a jovem procurou ajuda em um fórum da web, local em que conheceu Zane, que viria a se tornar seu noivo . “Queria poder ir a um lugar, mesmo se fosse na internet, em que eu me sentia normal pela primeira vez. Não queria me sentir como se eu fosse o espetáculo do mundo, então encontrei uma plataforma online e ingressei”, afirma.

Diante disso, ela encontrou um espaço em que podia se expressar e falar das coisas que gosta sem as pessoas a vissem como “a careca”. “Zane foi um dos primeiros a conversar. Quando olhei para ele, o achei super fofo”, declara.

Na primeira chamada de vídeo com o rapaz, a americana ficou assustada, pois não havia lhe informado sobre sua doença e sobre como sua aparência era. “Não disse que estava perdendo todo o meu cabelo”, conta.

O parceiro, por sua vez, fala à Barcroft TV que, assim que a viu, a achou fofa. “Notei sua calvície, mas não me importei se isso era alguma condição ou se era algo que estava na moda. Não me incomodou”, explica.

O casal namorou por alguns meses e logo decidiu morar junto. Ela se mudou da casa de sua família na Califórnia para ir viver ao lado do companheiro, em Washington. Além de tudo, Sierra conta que ele a tem ajudado a amar sua careca .

“Ela me agradece o tempo todo por tratá-la como um ser humano normal e ser um bom parceiro. Toda vez que eu me pergunto por qual razão ela me agradecendo por fazer algo naturalmente, digo que não é grande coisa e nunca será. Ela é um espetáculo”, esclarece Zane.

Por fim, a americana com alopecia diz que o noivo a ajudou a encontrar seu “eu verdadeiro”. “Ele me mostrou que eu posso ser eu mesma e que não preciso de meios artificiais e nem me manipular para ser algo que eu não sou. Agradeço muito por isso. Provavelmente, vou ficar calva pelo resto da minha vida”, destaca.

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