Quem tem pele com acne sofre com a pressão estética para tentar se "encaixar" em um padrão de beleza. Em muitos dos casos, a autoconfiança e autoestima ficam bastante prejudicadas. Para tentar encorajar essas pessoas a se aceitarem, a modelo Louisa Northcote começou o movimento com a hashtag #FreeThePimple ("Liberte a espinha", em português).

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A modelo Louisa Northcote começou a compartilhar fotos da pele com acne para encorajar outras mulheres
Reprodução/Instagram/lounorthcote
A modelo Louisa Northcote começou a compartilhar fotos da pele com acne para encorajar outras mulheres

Louisa sofreu por causa da pele com acne  severa desde a adolescência e compartilhou a experiência em entrevista ao portal "i-D": "Conforme os anos foram passando, me falaram pra não me preocupar porque era uma 'fase da puberdade', mas as minhas espinhas nunca desapareceram. Tenho 21 anos e ainda estou esperando por isso." 

Segundo a modelo, ela tentou diversas fórmulas, de antibióticos até cremes especiais e mudanças de dieta, mas a acne continuou aparecendo. "A acne não estava apenas afetando meu dia-a-dia, estava arruinando minha carreira. Sou modelo desde os dez anos e, aos 16, tive dificuldades por causa da minha pele. Quando me mudei para a Inglaterra, duas agências estavam interessadas em mim, mas pediram que eu fosse embora, melhorasse minha pele e voltasse. Mas não era algo tão simples." 

"Isso também começou a afetar minha saúde mental. Comecei a ter sintomas de depressão e me tornei muito insegura, a ponto de não conseguir sair de casa — primeiro, porque eu não queria que as pessoas me vissem e, em segundo lugar, porque tudo o que eu queria fazer era chorar", relata.

As coisas mudaram para Louisa quando ela foi selecionada para participar do programa de televisão "Britain’s Next Top Model". O primeiro desafio que ela precisava enfrentar era mostrar o rosto sem maquiagem. "Eu precisava expor minha maior insegurança não só para pessoas estranhas, mas para o mundo inteiro."

A solução? Ela publicou uma "seflie" no Instagram logo depois que a gravação foi ao ar e escreveu sobre as dificuldades que enfrentou por causa das espinhas. "Desde esse dia, eu recebi muito amor e mensagens diárias de garotas e garotos me agradecendo pelo o que eu fiz, me mandando fotos deles e compartilhando suas histórias. A partir desse momento, eu ganhei controle da narrativa e transformei a situação em algo positivo." 

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Campanha a favor de "libertar" a pele com acne



Depois que teve a "coragem inicial" para expor a própria pele com acne nas redes sociais , Louisa começou a publicar outras com a hashtag #FreeThePimple para quebrar o tabu em torno do assunto na indústria da beleza e, principalmente, encorajar outras pessoas a se aceitarem como são. 

"O movimento pela positividade corporal é muito poderoso e está guiando a indústria para aceitar modelos de diferentes tipos físicos", diz. "Existe uma aceitação de pessoas com estrias, dos mamilos femininos e de ver mulheres menstruadas. Agora, é hora de aceitar também a pele, por isso criei o movimento. Quero ver pessoas de 'cara lavada' mostrando as espinhas em desfiles, nas capas de revistas, campnhas e anúncios." 

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A ideia de Louisa, porém, vai além de compartilhar imagens da pele com acne . "Meu objetivo é criar uma plataforma para as pessoas que têm espinhas compartilharem suas histórias, dicas e momentos de dificuldade. Para que todos que estão tendo esse problema fiquem sabendo que é apenas a pele deles, mas eles não são culpados, são lindos", finaliza.

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