Redes sociais podem, sim, ser um ambiente tóxico para os usuários e é comum que mulheres "fora do padrão" se sintam mal consigo mesmas após verem as fotos de "corpos perfeitos" que são publicadas todos os dias. Apesar disso, não significa que a plataforma não possa ser usada para situações positivas, como o caso de Jennifer August, por exemplo, que conseguiu aceitar a marca de nascença que tem no rosto por causa do Instagram .
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Jennifer August nasceu com hemangioma, um tipo de tumor benígno formado pelo excesso de vasos sanguíneos que parece com uma marca de nascença , e cobre parte de seu lábio e pescoço. Foi no Instagram que ela descobriu uma comunidade de mulheres que estão em processo de aceitação de suas "imperfeições" e se sentiu inspirada a fazer o mesmo.
"As redes sociais definitivamente me ajudaram a aprender a me amar", diz a jovem em entrevista ao "Yahoo Lifestyle". Segundo ela, ver fotos de personalidades famosas, como as modelos Winnie Harlow, que tem vitiligo, e a plus size Ashley Graham sendo "elas mesmas sem culpa" foi o que a deu coragem para compartilhar uma imagem exibindo a marca.
"Ashley e Winnie são minha inspiração. Elas são mulheres que estão dizendo 'Hey, mundo, essa sou eu, e você tem que lidar com isso'", comenta. "Elas não se conformam com o padrão de beleza da mídia e se amam por quem são. Foi assim que comecei a me sentir confortável o bastante para publicar uma foto sem maquiagem mostrando minha hemangioma."
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Exibir marca de nascença exige coragem
Para a "Teen Vogue", Jennifer conta que precisou tomar coragem e manteve a foto como rascunho no celular por um dia inteiro antes de decidir publicá-la. No início, a principal preocupação era que as pessoas reagissem negativamente sobre o compartilhamento.
"Esse movimento de mudar os padrões de beleza e ser você mesma no Instagram foi o que me deu coragem para apertar o botão de 'postar'", afirma. "Não importa quais minhas 'imperfeições' sejam, não devo deixar que elas me impeçam de atingir meus objetivos e ser eu mesma".
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Na legenda da imagem, a jovem também escreveu sobre esse processo de aceitação. "O perfeccionismo em mim é rápido para esconder minhas falhas e trabalha incansávelmente para me manter em um pacote impenetrável de maquiagem. Mas percebi que o que nos une como pessoas são as nossas falhas, porque elas criam vulnerabilidade e isso cria laços. Minha marca de nascença me ensinou a ser corajosa, mesmo quando eu não quero."