A americana Shay Sharpe tinha 26 anos de idade quando foi diagnosticada com câncer de mama estágio 3. Na época, ela optou por fazer um procedimento cirúrgico chamado de tumorectomia, que remove apenas o tumor localizado e, depois, fez uma cirurgia de reconstrução de mama, colocando implantes para remodelar os seios

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Shay Sharpe foi diagnosticada com câncer de mama aos 26 anos de idade e, aos 36, passou por uma dupla mastectomia
Reprodução/Facebook/Shay Sharpe
Shay Sharpe foi diagnosticada com câncer de mama aos 26 anos de idade e, aos 36, passou por uma dupla mastectomia


Em entrevista ao portal britânico "Daily Mail", Shay admite que o  câncer de mama não "estava no radar", principalmente porque não sabia que mulheres mais novas poderiam ser diagnosticadas com o tumor. "Na minha mente, se você não pode fazer uma mamografia antes dos 40 anos, porque poderia ter câncer antes disso?"

Dez anos depois, aos 36 anos de idade, a jovem foi diagnosticada novamente com câncer e, dessa vez, ela decidiu fazer uma dupla mastectomia, removendo as duas mamas. "Na primeira vez, eu passei por muitas cirurgias para colocar os implantes, mas quando o câncer voltou, precisei remover tudo."

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Aceitação depois do câncer de mama

Atualmente, Shay Sharpe administra uma ONG para ajudar mulheres com câncer terminal e quer alertar sobre a doença
Reprodução/Facebook/Shay Sharpe
Atualmente, Shay Sharpe administra uma ONG para ajudar mulheres com câncer terminal e quer alertar sobre a doença


Depois da cirurgia, Shay decidiu começar a trabalhar como modelo para celebrar a beleza e ajudar outras mulheres jovens que já possuem as próprias cicatrizes ou aquelas que estão na luta contra o câncer.  "Existem mulheres que precisam de alguém para conversar, mulheres que se sentem perdidas e que têm perguntas. Mulheres da região central dos Estados Unidos já me falaram que nunca tinham visto uma mulher sem seios antes, nunca tinham visto uma foto de alguém que fez mastectomia."

Assim, ela quer mostrar que está tudo bem em aceitar a aparência. "Eu estou confortável com as minhas cicatrizes e em mostrá-las. Nós temos essa visão louca na nossa cabeça de como a beleza deve ser e como devemos parecer", diz. "Nossos seios nos fazem curvilíneas e nos tornam aquela figura que vai atrair os homens e fazer mulheres terem invejas, mas eu sinto como se eu ainda fosse todas essas coisas sem eles."

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"É difícil aceitar sua feminilidade quando tem tantos comentários negativos das pessoas, e eu estou cansada. Seios não me definem, não é isso que me faz ser mulher", comenta. "Algumas pessoas amam, outras odeiam. Eu recebo mensagens do tipo 'tenha dignidade" e "coloque peitos", como se eu estivesse sendo menos mulher por me exibir. Outras pessoas dizem que eu as ajudo e dou forças e não sei como ou por quê, mas isso acontece."

Além de ajudar outras mulheres a aceitarem os próprios corpos, Shay também fundou uma ONG para ajudar pacientes com câncer terminal e quer alertar as jovens sobre a doença.  "Quando recebi o diagnóstico, câncer de mama era a primeira causa de morte de mulheres entre as idades de 15 e 55 anos. Eu nunca soube dessa informação, por que não estamos divulgando isso para as mulheres jovens por aí?", finaliza. 

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