Não é incomum encontrar pessoas em processo de aceitação, seja da própria beleza ou de uma condição clínica. Sarah McManus, de 20 anos de idade, por um lado, está aceitando ambas as coisas. Ela foi diagnosticada com alopecia aos dois anos de idade, quando ainda era um bebê, e passou toda a infância e adolescência se sentindo como "um garoto de peruca".
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Em entrevista ao portal britânico "Metro", a jovem conta que perdeu o cabelo em um período de três semanas logo depois do aniversário de dois anos e, com o tempo, a condição evoluiu de alopecia areata para universalis, o que a deixou quase que completamente careca e sem pelos em outras partes do corpo também. Foi quando ela começou a usar peruca e não se sentir bem sem o acessório.
"Isso não me afetava muito até eu ir para a escola, então teve um grande impacto na minha vida", diz. "Quando era adolescente, me sentia como um 'menino de peruca', escondendo meu rosto. Tive que usar maquiagem desde muito jovem para desenhar sobrancelhas e colocar cílios, o que me deixou mais confiante e me fez perceber que ser careca não deveria me fazer sentir menos feminina."
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Jornada de aceitação
Hoje, a história de Sarah é diferente, principalmente porque ela está começando a se sentir bem na própria pele. Ela conseguiu um emprego na clínica de implantes da cidade onde vive na Escócia e lá tem contato com outras mulheres que perderam o cabelo por causa de tratamentos contra o câncer.
Conversar com essas pessoas a ajudou a ter mais confiança e compartilhar sua história nas redes sociais. A adolescente começou a postar fotos sem a peruca regularmente e espera inspirar outras pessoas com a mesma condição. "Se eu puder ajudar outra pessoa a se sentir confortável consigo mesma, vou tentar fazer isso. Quero que as diferenças sejam celebradas."
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"Eu estou muito emocionada com toda a resposta que tive nas redes sociais, todas as mensagens de pessoas ao redor do mundo com alopecia procurando por conselhos sobre peruca, maquiagem ou só querendo conversar. Eu quero mostrar para essas pessoas que elas podem ser elas mesmas. Cabelo não define sua beleza", finaliza.