"Breast ironing" é uma prática violenta, tradicional em alguns países africanos, que envolve "massagear ou pressionar os seios de garotas adolescentes com uma pedra, martelo ou espátula aquecidos em brasa para suprimir e reverter o desenvolvimento deles [dos seios]", de acordo com relatório publicado pela ONU Mulher em 2015.
O motivo alegado para a prática - um tipo de mutilação genital feminina, perpetuada por gerações - é a proteção das mulheres de abuso sexual, pois acredita-se que, com os seios subdesenvolvidos, elas se tornam menos atraentes para os homens.
O parlamentar Jake Berry, em depoimento sobre a prática na Câmara dos Comuns do Reino Unido no dia 23 de março, afirmou que esta "prática detestável" está acontecendo em algumas comunidades britânicas, em Londres e Birmingham.
"As palavras 'cultura', 'tradição' ou 'religião' surgem quando as pessoas tentam explicar a prática absurdamente nociva, mas nos casos de mutilação genital feminina, essas palavras são apenas uma desculpa velada para uma forma ritualizada de abuso infantil", disse Berry.
Ainda de acordo com o relatório da ONU, em Camarões, até 50% das meninas a partir de 10 anos passam por esta violência diariamente.