Artesanato , por definição da Wikipédia, é o próprio trabalho manual, utilizando-se de matéria-prima natural, ou produção de um artesão (de artesão + ato). Mas com a mecanização da indústria o artesão é identificado como aquele que produz objetos pertencentes a chamada cultura popular.
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Para um grupo de refugiados, o artesanato representa esperança. A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) criou uma iniciativa louvável : o MADE 51. Trata-se de um projeto que busca conectar trabalhadores deslocados, refugiados e talentosos à ponto de vendas que possam comercializar os bens que são produzidos por eles.
Um projeto que reconhece o potencial criativo dos artesãos refugiados merece nossos aplausos carinhosos. Graças ao MADE 51 , eles podem produzir suas peças, como móveis , joias, bolsas e garantir, por exemplo, a perpetuação de técnicas culturais que estariam fadadas ao desaparecimento.
Dentre os refugiados acolhidos pelo projeto, existem artesãos de Burundi, Mali, Afeganistão, Somália, Síria e Miannmar. Fugindo da violência de suas cidades natais, tais refugiados conseguem através da arte ressignificar um momento tao delicado.
Em matéria publicada no site das Nações Unidas Brasil, Filippo Grandi, o alto comissário da ONU para refugiados afirmou que: “os refugiados têm habilidades e talentos que só precisam de uma oportunidade para crescer e florescer. Dentro de cada peça há um pedaço de história e cultura, e a chance de uma pessoa que foi forçada a fugir da guerra e da perseguição de oferecer ao mundo algo belo e com estilo”.
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Os artesãos inscritos no MADE 51 apresentaram seus produtos na feira anual Ambiente, realizada em Frankurt, na Alemanha em 2018 e também este ano de 2019. Oportunidades incríveis de exporem sua arte para lojistas do mundo todo e garantir a venda de produtos carregados de história e cultura.
Durante a feira, foram apresentadas luminárias pendentes, cadeiras, cestos, almofadas, tapetes e vários itens decorativos elaborados pelos refugiados através de técnicas ancestrais, habilidades manuais e identidade cultural.
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Na opinião de Filippo Grandi: “É somente por meio da venda desses bens que esses artesãos refugiados poderão empregar suas habilidades e ganhar renda. Ao incluir produtos feitos por refugiados em seus planos de venda, os varejistas e as marcas têm um papel vital a desempenhar. Eles podem fazer parte da solução”.
O Made 51 é um incentivo ao consumo consciente, inspirando as pessoas a adquirirem peças carregadas de história, identidade e alma e também doses de esperança de uma nova vida para aquelas mãos que as criam.
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E você, se interessou pelas peças produzidas pelo artesãos vinculados ao MADE 51? Acessa o site e busca mais informações www.made51.org.