Muito se fala em skincare da pele negra, mas quando os tratamentos se estendem ao corpo, será que existem cuidados especiais? Sabe-se que as varizes afetam 38% da população, sendo 45% mulheres, segundo dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Com a proximidade do verão, elas são uma pedra no sapato para os dias mais quentes, onde queremos usar biquíni, shorts e vestidos.
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A pergunta que fica é: a pele negra também sofre com o problema? Para o angiologista Thiago Rocha, a resposta é sim. “Ela tem as mesmas chances de ter varizes do que uma pele branca. Porém, algumas vezes, a veia pode estar menos destacada, devido à tonalidade ser próxima”, explica o especialista em cirurgia vascular.
Quando as varizes atingem um estágio avançado podem gerar mudanças na coloração da pele, tornando a região mais escura nas áreas afetadas. As próprias veias também apresentam um escurecimento, principalmente quando há deformação intensa, em que elas ficam aparentes e saltadas.
O ponto em questão diz respeito ao tratamento. Ultimamente, com a tecnologia avançada, as peles negras não correm mais risco de ficarem manchadas após o procedimento.
“No passado utilizávamos um tipo de laser em que poderia interferir na taxa de absorção da melanina”, afirma o especialista ao indicar, hoje, o Nd-Yag, que tem sua afinidade maior à hemoglobina (a cor do sangue) e não a cor da pele. “Hoje evitamos os tratamentos que eram mais usados, principalmente a luz pulsada, que não combina com a tonalidade mais escura de pele", pontua.
Vale ressaltar que, ainda assim, o tratamento atual pode deixar algumas manchas passageiras na pele. “Essas, geralmente, somem no período de seis meses a um ano, assim como em qualquer procedimento de veias”, afirma Dr. Rocha, que complementa sinalizando a necessidade de manter os cuidados após a realização do laser, que podem envolver o uso de medicamentos, prática de atividade física, pomadas e repouso dos membros inferiores elevados, por exemplo.
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E a boa notícia é que ele pode ser feito no verão, sem muitas restrições. “Em três dias já autorizamos tomar sol normalmente”, finaliza.