O afroempreendedorismo no Brasil é, em sua maioria, feminino e ligado ao comércio, à comunicação e à indústria de cuidados. É o que aponta o estudo “Afroempreendedorismo Brasil”, desenvolvido pela RD Station, Inventivos e o Movimento Black Money. Acompanhando o desenvolvimento desse mercado, e com foco no fortalecimento dessa atividade, a Ginga Hair trouxe para o Brasil, há cerca de um ano, a primeira fábrica de fibras premium para cabelos, com produtos 100% manufaturados do país.
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“Nossa proposta é fortalecer o mercado de beleza, sobretudo afro, com um produto que atende pequenos e médios empreendedores, desde a economia de tempo na atividade até a qualidade do resultado final”, afirma a fundadora e CEO da Ginga Hair, Adriana Cavalcanti, acrescentando a importância da manufatura local no processo.
“Os produtos da Ginga Hair têm um quê de exclusividade, uma vez que a produção feita no Brasil pode ser customizada. A manufatura nos permite o ajuste da produção de acordo com a demanda, e isto diminui o desperdício, permite ao negócio atender o volume de pedidos e ainda contribuímos para a geração de empregos indiretos”, diz.
As fibras para cabelos são usadas principalmente por trancistas, em um mercado baseado em conhecimento passado entre gerações. No Brasil, essa é uma atividade com grande potencial de crescimento, visto que a população negra, que mais consome e realiza serviços com fibras, movimenta R$ 1,7 trilhões por ano, de acordo com o Instituto Locomotiva. Esse valor é empregado em seis milhões de pessoas que se trançam ou fazem alguma outra aplicação que necessite do uso de fibras. Pouco mais da metade dessas pessoas, 3,5 milhões, pretendem se trançar, segundo levantamento feito pela empresa.
Nesse cenário, a fibra manufaturada e premium Ginga Hair atende a todo um segmento de beleza que antes era dependente de material importado da China, permitindo uma variedade de penteados para o público de modo geral, mas, em especial às trancistas, que têm mais conforto e economia na hora de manusear o produto.
Para o consultor de trancistas, Antônio Martins, o produto Ginga Hair ainda contribui para o fortalecimento do afroempreendedorismo e da consolidação do trabalho de uma trancista. “Se formos falar de qualidade, uma fibra boa acrescenta em 200% no pré, no durante e no pós da vida de uma trancista”, diz. “A Ginga é importante porque não é apenas uma fibra, é qualidade de trabalho, é cuidado e o mais importante é o acolhimento ao povo preto”, completa.
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No entanto, “afroempreender é um trabalho de formiga, que exige paciência e persistência”. O consultor afirma ainda, que a profissão trancista é embrionária, mas alerta para o nascimento de um mercado altamente lucrativo para os próximos anos. “Uma profissional trancista pode ganhar de R$ 3 mil a R$ 5 mil sozinha. No entanto, existem várias formas de precificar da maneira correta o trabalho dessa profissional, mas é necessário, antes de mais nada, conscientizar a trancista disso antes”, conclui.
As fibras premium Ginga Hair trazem ainda o benefício de ser produzida com material de alta resistência, aceitando o calor de secadores e chapinhas. Sua matéria-prima também permite que ela seja utilizada em todos os tipos de aplicação, sejam elas tranças, entrelaces, perucas, megahair e outras.
“Nós entregamos um produto já cortado, pré-desfiado e pré-penteado. Pronto para aplicar”, explica Cavalcanti, pontuando a qualidade do material. “Nossas fibras premium são de altíssima qualidade. Não embaraçam, são super leves, reutilizáveis, ou seja, sem desperdício e agressão ao meio ambiente, e ainda tem o melhor custo benefício do mercado, possibilitando que brasileiras deixem de ser reféns dos produtos produzidos fora do país que não possuem o potencial da Ginga Hair”, garante.