Manchas, rugas e flacidez são sinais de envelhecimento da pele. E é exatamente para prevenir, ou pelo menos desacelerar esse processo, que os cremes anti-idade servem. Mas será que esse tipo de produto realmente é eficaz para evitar que as marquinhas apareçam?
Leia também: O que deve mudar na rotina de cuidados com a pele depois dos 50 anos?
Segundo o dermatologista Jardis Volpe, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da American Academy of Dermatology (AAD) , a resposta para essa questão é sim! Mas há um porém: o uso dos cremes anti-idade deve ser orientado por um profissional da área, que avaliará a necessidade da pele de cada paciente.
“As rugas vão naturalmente existir, mas é preciso que a pele seja tratada, tonificada e hidratada. Uma senhora de 80 anos, por exemplo, deve ter naturalmente sulcos e marcas, mas consegue ter uma pele luminosa, com um quadro de tonicidade, e uma pele reconhecida como bem cuidada”, diz a dermatologista Claudia Marçal, também membro da SBD e da AAD.
Os dermocosméticos anti-idade podem, então, fazer parte da rotina de beleza como mais um cuidado a se ter com a pele. É preciso lembrar que, apesar de fazer efeitos, a atuação do creme é limitada, uma vez que ele pode até estimular o colágeno e elastina, fibras de sustentação da pele, mas não terá um efeito de um procedimento estético a laser ou uma cirurgia mais invasiva.
Ainda assim, alguns hábitos ajudam a potencializar esse resultado; veja como:
Você viu?
4 formas de fazer os cremes anti-idade terem mais efeito
1. Aposte em tecnologias avançadas
Claudia explica que, hoje em dia, as fórmulas estão cada vez mais avançadas por causa da bio e nanotecnologia, permitindo que os ingredientes e princípios ativos dos cremes atinjam o local desejado. “Antigamente as formulações dificilmente passavam da primeira camada da pele. Hoje, já sabemos que os ativos que produzem colágeno — cuja função é manter a firmeza da pele —, por exemplo, são eficientes, pois estimulam a área tratada”, completa.
2. Sempre limpe bem a pele
Quanto mais a pele estiver higienizada, melhor será a penetração dos ingredientes ativos. Por isso, é fundamental limpar a pele com sabonete ou gel de limpeza, tanto de manhã quanto de noite, e aplicar o tônico — sem álcool para peles normal a seca ou mais adstringente para peles oleosa, mista ou acneica. Outra recomendação é apostar na esfoliação uma ou duas vezes na semana e finalizar a rotina skincare com um creme hidratante e, por fim, o anti-idade.
3. Potencialize seu creme anti-idade
O creme anti-idade sozinho não vai fazer milagres. Segundo a dermatologista Kédima Nassif, membro da SBD, alguns hábitos podem ajudar a potencializar esse resultado. “Manter uma alimentação balanceada, por exemplo, é fundamental para oferecer os nutrientes necessários para deixar o cabelo, a pele e o corpo mais bonito", diz.
A indicação é procurar por alimentos que contém vitaminas A, C e E, que são antioxidantes e retardam o envelhecimento da pele. Laranja, limão, cenoura, morango, brócolis e couve são alguns exemplos que podem fazer parte do seu cardápio.
4. Comece cedo e saiba o que usar
A dermatologista Paola Pomerantzeff, também membro da SBD, recomenda começar a usar os cremes anti-idade a partir dos 30 anos, quando há a diminuição da produção de colágeno e elastina e os primeiros sinais de envelhecimento costumam aparecer. “Com isso, podemos observar as primeiras rugas finas ao redor dos olhos e o aparecimento de manchas", diz.
Com essa idade, a recomendação é utilizar hidratantes com antioxidantes e estimuladores da produção de colágeno. Conforme as rugas e linhas ficam mais profundas, é possível aumentar a intensidade e concentração de ativos, como resveratrol, alistin, vitamina C e E, hyaxel e ácido ferúlico. Para encontrar o tratamento ideal para a sua pele, procure ajuda profissional.