A Síndrome de Ehlers Danlos é conhecida como a Síndrome do Homem Elástico por conta dos sintomas que provoca. O paciente pode ficar com a pele elástica e super sensível, assim como as pessoas mais velhas, mesmo que esteja em seus vinte e poucos anos. É o caso da jovem modelo Sara Geurts, de apenas 26 anos e com uma aparência bem além de sua idade.

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Modelo decidiu mostrar seu corpo para o mundo após criar a campanha “Love Your Lines”, sobre amar imperfeições
Instagram/saraa.annmarie/Reprodução
Modelo decidiu mostrar seu corpo para o mundo após criar a campanha “Love Your Lines”, sobre amar imperfeições

Mas se você pensa que isso a impediu de seguir no mundo da moda, está muito enganado. Ainda hoje as pessoas tentam ao máximo fugir das peles e rugas causadas pelo envelhecimento natural, como se isso fosse algo fora do normal e nunca bonito, mas a modelo consegue provar que isso nada mais é que um preconceito criado por nós mesmos.

Sara, que é de Minnesota, nos Estados Unidos, começou a notar uma diferença em seu corpo, em comparação com as outras pessoas quando tinha apenas sete anos. De acordo com entrevista dada ao canal de YouTube Barcroft TV, os sintomas passaram a piorar na puberdade.

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O diagnóstico demorado e a pele cada vez mais sensível fizeram com que a americana desenvolvesse baixa autoestima. A jovem tentava se esconder para não sofrer com o preconceito das pessoas. “No ensino médio, eu apenas tentava esconder tudo. Eu não queria ninguém perguntando coisas sobre isso. Eu não queria falar sobre.”

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O maior problema de Sara com sua condição era de fato a pele mais flácida. Ela se sentia insegura com a própria aparência. “Eu não cheguei a sofrer bullying e minha família e meus amigos eram muito solidários, mas, enquanto os meus amigos usavam roupas reveladoras, eu tentava me esconder com roupas largas.”

Apesar da insegurança, quando completou 22 anos sabia que precisava mudar o pensamento que tinha sobre ela mesma. Em 2015, conseguiu criar a página chamada “Love Your Lines” (Ame Suas Linhas, em tradução livre), com o objetivo de encorajar mulheres a amar suas marcas, cicatrizes e outras imperfeições.

A campanha teve um impacto positivo tão grande na jovem que ela decidiu se revelar ainda mais. Desta vez, na frente das câmeras, atuando como modelo. O maior incentivo veio de sua namorada, Briana Berglund, que acabou se tornando sua fotógrafa pessoal. “É incrível o quanto ela conseguiu sair de sua concha e  estou muito orgulhosa dela.”

Síndrome

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O problema de Sara é raro e ainda sem cura. Além de atingir a pele, também pode afetar as articulações e as paredes dos vasos sanguíneos, podendo até levar à ruptura dos mesmos. O tratamento é feito para controle desses sintomas.

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A jovem toma um cuidado extra para não machucar a pele sensível e também usa medicina natural, incluindo o uso de maconha, que é legal em Minnesota, no tratamento das dores nas articulações. “A maioria dos pacientes toma muito remeédio para as dores. Eu prefiro remédio naturais e terapias com  massagens, acupuntura e óleos”, explica a modelo.

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