Uma estudante espanhola, de 16 anos, se tornou modelo recentemente após anos sendo cruelmente chamada de dálmata por conta das manchas de nascença que têm pelo corpo . São mais de 500, desde os pés até a cabeça de Alba Parejo.

Alba Parejo, de 16 anos, conseguiu aceitar suas manchas no ano passado e passou a postar fotos suas na internet
Facebook/ Alba Parejo/ Reprodução
Alba Parejo, de 16 anos, conseguiu aceitar suas manchas no ano passado e passou a postar fotos suas na internet

A jovem sofre de um distúrbio chamado nevo melanocítico, que afeta as células da pele que produzem a melanina, gerando manchas pelo corpo. Por volta dos cinco anos, Alba passou por 30 cirurgias para tratar algumas das áreas afetadas, mas o tratamento acabou se tornando agressivo.

Segundo reportagem do site do jornal britânico “The Sun”, a estudante passou a se sentir um monstro, principalmente após as piadas começarem. Além de ser comparada com um dálmata, cão que tem a pelagem manchada, ela também era chamada de alien. “Enquanto eu crescia, percebi que as pessoas me encaravam por conta da minha pele. Às vezes, elas riam ou diziam comentários horríveis. Já me perguntaram até se eu me pintei.”

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Nada se compara, entretanto, ao dia que uma pessoa decidiu aconselhá-la a nunca mostrar as costas, que foram muito afetadas pelas cirurgias, porque "ninguém quer ter uma namorada deformada”. Com apenas 13 anos, ela passava dias chorando e desejando ser alguém “normal”.

Mudança de vida

Já chegaram a afirmar que Alba não deveria mostrar as marcas das cirurgias porque, assim, não conseguiria um namorado
Facebook/ Alba Parejo/ Reprodução
Já chegaram a afirmar que Alba não deveria mostrar as marcas das cirurgias porque, assim, não conseguiria um namorado

Felizmente, Alba conseguiu aceitar suas marcas no ano passado e passou a postar fotos suas na internet. Foram milhares de compartilhamentos nas redes sociais, dando coragem suficiente para a jovem ganhar um concurso e ser o rosto de uma campanha de empoderamento. A ação foi divulgada em outdoors, ônibus e jornais.

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“Pessoas de todo o mundo entraram em contato comigo para me dizer quão inspiradora estava sendo. Isso me ajudou a gostar de mim mesma e amar minha pele. Me sinto muito feliz agora. Amo quando as pessoas reagem positivamente, elas pensam que meu corpo é fantástico, e os artistas amam minha pele, veem como arte.”

Hoje, Alba considera que o nevo melanocítico e as manchas são a sua identidade. “Eu percebi que minha pele é linda, especial e única. Me sinto muito mais positiva em relação ao meu corpo e estou tentando fazer com que o distúrbio seja mais conhecido para conseguir ajudar outras pessoas.”

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