Seja por conta de problemas relacionados à idade, pelo parto ou pela menopausa, a região íntima feminina passa por mudanças intensas durante a vida. Mesmo sendo uma região não exposta, as transformações fisiológicas da vulva são razão de insegurança e insatisfação entre muitas mulheres.
Uma alternativa, no entanto, tem chamado a atenção das brasileiras: o rejuvenescimento íntimo.
Também conhecido pelos médicos como rejuvenescimento vaginal, esse conjunto de procedimentos estéticos promete melhorar a aparência e a função da área genital feminina por meio de pequenas intervenções na vulva. Tais intervenções também afirmam trazer uma aparência mais jovial e tonificada à região, aumentando a autoestima e segurança.
Em entrevista ao iG Delas, a ginecologista e diretora médica da Rennova Íntima, Dra. Alessandra Arantes, afirma que, além de eliminar rugosidades, manchas e flacidez, o rejuvenescimento melhora a funcionalidade da região genital (vulva e vagina), promovendo uma melhor lubrificação na área.
Segundo a médica, é comum que o corpo passe por essas mudanças, e as alterações são uma alternativa positiva para quem deseja contorná-las. “A perda de colágeno dérmico determina a flacidez e a rugosidade da vulva. As alterações da camada de gordura da pele, para mais ou para menos, dependendo da estrutura de cada um, também deixa, por exemplo, a vulva com menos hidratação. A falta do hormônio feminino determinada pela menopausa diminui a elasticidade e a lubrificação da vagina e isso tudo compromete a sensação de prazer e a qualidade de vida de muitas pessoas”, explica.
Atualmente, os principais tratamentos para rejuvenescimento da região íntima são realizados por laser, radiofrequência e ultrassom, além de estimuladores de colágeno, peelings, microagulhamento e a aplicação de toxina botulínica (botox).
“Tudo vai depender da queixa principal dessa mulher e do que ela deseja melhorar. Algumas técnicas são indicadas para a região vaginal e vulvar, enquanto outras são apenas para a região vulvar. Então, tudo vai depender do tipo de tratamento que será realizado”, explica a fisioterapeuta especialista em estética íntima, Cristina Nobile.
O laser, por exemplo, é indicado para pacientes que desejam melhorar questões como flacidez e ressecamento, já que ele é capaz de restaurar os tecidos da região e estimular a produção de colágeno. A radiofrequência, por sua vez, também incentiva a produção dessa proteína, além de apresentar melhoras na lubrificação da genitália.
Para quem se queixa de uma vulva escurecida, o peeling é a opção mais indicada. Ao esfoliar o tecido íntimo e remover as camadas superficiais da vulva, esse procedimento consegue renovar a pele, além de melhorar a textura, a aparência e a luminosidade da região. Em casos de uma vulva pouco simétrica e tonificada, o preenchimento é a principal sugestão, já que ele também pode melhorar a sensibilidade, o conforto e o tato da área.
Mas quem pode passar por esses procedimentos? “Todas as mulheres com queixas relacionadas à estética genital e que apresentem sintomas da síndrome urogenital da menopausa, como flacidez e ressecamento urogenital podem realizar os procedimentos”, detalha Arantes. De acordo com a especialista, as contraindicações são restritas em pacientes que apresentem imunodeficiência ou infecções genitais ativas.
Os procedimentos também são indolores e de rápida aplicação - Alessandra explica que, na maioria dos casos, as pacientes podem retornar normalmente à rotina em dois a três dias.
E os riscos? “São os mesmos envolvidos em qualquer procedimento estético, que podem ser minimizados quando realizados por um profissional habilitado, principalmente aquele que sabe lidar com qualquer intercorrência que possa ocorrer”, finaliza a médica.