A atriz Rachel Bilson, conhecida por interpretar a personagem Summer Roberts na série teen americana 'The O.C', revelou em seu podcast 'Broad Ideas' que só teve o primeiro orgasmo aos 38 anos; hoje ela tem 41. A revelação aconteceu durante um bate-papo com a comediante Whitney Cummings, convidada do show.
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Na ocasião, Whitney comentou que nunca tinha chegado lá até os 40 anos, quando parou de tomar anticoncepcional. "Nunca tive isso na minha vida até os 40 anos... Mas eu poderia fazer isso com as minhas mãos", disse ela.
Rachel então respondeu: "Eu era igual a você. Não aconteceu comigo até os 38 anos. Isso não é loucura?".
É normal?
No Brasil, uma pesquisa realizada pelo ProSex (Programa de Estudos em Sexualidade) da USP (Universidade de São Paulo) revelou que 55,6% das mulheres não atingem o orgasmo em suas relações, o que as leva a questionarem a existência de um ponto erógeno capaz de promover tanto prazer.
Mas afinal, existe ou não existe um "Ponto G"? Segundo a ginecologista Viviane Monteiro, o tão famoso "Ponto G" é na verdade uma zona erógena que compreende a extensão do clitóris, entre a uretra e o canal vaginal, indo até a parte interna da vagina, onde existem terminações nervosas e pequenos vasos sanguíneos que aumentam a sensibilidade e contribuem para o prazer, seja através da penetração ou de estímulos locais.
"Ao contrário do que muitos acreditam, o Ponto G não funciona como um botão, que, ao ser tocado, irá proporcionar uma onda de prazer instantâneo. Toda essa zona erógena deve ser estimulada para levar a um orgasmo. Vale destacar que cada mulher sente prazer quando estimulada de diferentes formas, em diferentes pontos. Não há uma receita que agrade a todas as mulheres", explica a ginecologista.
Com a "descoberta" dessa zona erógena, a autocobrança das mulheres em atingir o orgasmo também cresceu e, consequentemente, a frustração e o descontentamento quando ele não ocorre, também. Mas, a especialista reforça que o autoconhecimento é o primeiro passo para alcançar diferentes níveis de prazer.
"Nossos corpos são repletos de 'Pontos G' e, assim como nem todo corpo é igual, as mulheres também gostam de coisas diferentes. Além das variações de sensibilidade, as experiências pessoais também podem influenciar, por isso, conhecer o próprio corpo e avaliar as sensações que o estímulo de cada região causa é a melhor forma de alcançar a satisfação sexual. Vale sempre bater um papo franco com seu (sua) parceiro (a), para juntos (as), entenderem o que funciona melhor para ambos (as)”, finaliza a médica.