A personagem Anastasia Steele recebe sexo oral
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A personagem Anastasia Steele recebe sexo oral



"Vem com essa boquinha abaixar minha calcinha, bota para fora essa linguinha". Quando a música de MC Rebecca foi lançada, em 2018, se tornou uma febre no país não só pelo ritmo contagiante. A composição fala sobre a prática do sexo oral nas mulheres e foi muito usado de indireta para os crushes. Mas,  mesmo com tantas informações, nem todo mundo sabe como praticar um bom sexo oral.

Pensando em como auxiliar e ajudar a garantir uma vida sexual mais prazerosa para os participantes da hora H, a terapeuta orgástica e doula Juliana Thaisa decidiu criar um curso de guia do sexo oral. "Partiu da percepção das necessidades, dificuldades e tabus que mulheres e homens me relatam. É ou por falta de experiência ou de entendimento", conta. A terapeuta criou vídeo aulas falando sobre o que deve e o que não deve ser feito na hora de descer na região íntima. 

Thaisa diz que as mulheres são a maioria do público que a procura. "Os homens também acompanham o trabalho de uma forma geral e buscam pelo curso, tem interesse. O curso de sexo oral é para todas as pessoas, eu ensino tanto na vulva como no pênis". A especialista deu um guia do sexo oral com dicas que vão deixar a relação ainda mais apimentada.


Explore o corpo 

Para começar Thaisa relembra a importância de entender que todo o corpo é sensível. "Não precisa começar na vulva ou no pênis, o prazer está no nosso corpo inteiro, a pele é o nosso maior órgão sexual. Pode começar num beijo lento, supergostoso, que essa boca e língua pode percorrer ali todo o corpo da pessoa que vai receber. Pescoço, seios, barriga, colo, quando chegar na vulva ou no pênis, pode passar a língua ali bem na virilha que é supersensível, no interno das coxas”.  

A terapeuta indica que quanto mais estímulo resulta em mais sensibilidade, excitação e quando o orgasmo acontece, é bem mais intenso. 

Foco no oral

A língua é parte fundamental do processo, mas os lábios também não podem ser esquecidos. "Quando chegar na vulva, lembrar da virilha. Passar a língua todinha na vulva, no clitóris e lembrar de usar os lábios também. Não usar só a ponta da língua". 

Um aviso muito importante para fazer sexo oral na vulva é não morder o clitóris e jamais usar os dentes na região. Ela conta que o mesmo vale para a glande do pênis e explica que o dente não combina com o sexo oral. Abuse dos lábios e não esqueça de deixar a boca bem molhada. 

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Dê um beijo na boca, mas na região genital

Assim como aqueles beijos bem caprichados de cinema, o mesmo pode ser repetido tanto na vulva, quanto no pênis. "Coloque uma certa pressão nos lábios e a língua vai ficar mexendo bem rapidinho. Depois, passa sutil, intensificando. Falando do pênis, os homens gostam de ser estimulados no corpo inteiro, então, lembre de passar a língua, beijar o corpo inteiro e beijar o saco escrotal". 

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Thaisa explica que para o sexo oral nas pessoas com pênis, uma opção muito curtida é passar a língua por todo o órgão e só depois ir de forma sutil na glande. "Vai abocanhar a glande e deixar a boca meio que fechadinha, com os lábios encostados e lá dentro a língua vai fazer um movimento como se fosse uma sucção. É como chupar um canudinho", conta. 

Mais prazer 

No sexo oral, também está incluído o beijo grego.  A prática estimula o ponto G masculino e também é querida de muitas mulheres na hora H. Além dele, para deixar o momento ainda mais prazeroso, é ótimo estimular o ponto G na vagina. "Durante o sexo oral na pessoa com vulva, a pessoa pode introduzir o dedo e estimular o ponto G”.

Tabu no sexo horal nas mulheres 

Especificamente com as mulheres, a prática ainda é um tabu. Na maioria, em relacionamentos heterossexuais, os parceiros de pessoas com vulva se sentem desconfortáveis de lamber e beijar a região. Uma pesquisa da Sex Wipes, empresa estadunidense, mostrou que de 10 homens, apenas quatro fazem sexo oral nas mulheres. 

É claro que fatores como realmente não gostar ou medo de doenças sexualmente transmissíveis devem ser considerados, mas o tabu machista também impõe que a vulva é sempre suja e deve ter cheiro de flores, o que contribui para que a prática não aconteça.

Para Thaisa,  a dificuldade dos homens vem da falta de entendimento. "Tem homem que fica ali passando a língua na uretra, sendo que deveria estar no clitóris. Essa falta de entendimento acaba criando uma dificuldade, porque os homens vão chupar onde a mulher não tem tanta sensibilidade", diz.

A especialista ressalta que quando está bom, o corpo dá sinais. É importante entender que a vulva inteira é sensível, mas o foco é o clitóris. "Também desconstruindo o tabu do cheiro e do gosto, já ajuda desde que você saiba que existe uma normalidade dentro disso. Claro que as vezes têm um cheiro muito forte que pode parecer estranho, aí tem que ficar atento. Sexo oral não dá pra ter nojinho e tem que gostar muito". 

Os cursos funcionam com as vídeos aulas já prontas ficam disponíveis no site da terapeuta e custam R$ 19,90. "É um conteúdo de mais ou menos 20 minutos que já está disponível quando a pessoa acessa. O acesso é ilimitado, então, ela pode acessar e assistir quantas vezes quiser", afirma. Além de sexo oral, ela também ensina autoestimulação e cursos para casais.

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