O sexo envolvendo uma terceira pessoa ainda é o desejo de muitos casais, mas para realizar essa fantasia é preciso muito cuidado. A especialista em sexo Louise Van Der Velde, que dirige um curso inusitado intitulado “Três semanas para o sexo a três”, resolveu se especializar no assunto para ajudar casais, através da terapia, a conseguir ter relações sexuais a três sem que isso afete o relacionamento.
Usando uma mistura de aconselhamento, resgate do passado, vídeos que ajudam a superar as inseguranças e até exercícios respiratórios, a profissional consegue trabalhar tudo o que pode afetar o casal na hora de tentar praticar o sexo a três . Louise garante que trabalhando esses aspectos no casal é possível deixar os ciúmes e as inseguranças de lado e transformar essa experiência em algo muito positivo.
Os britânico Lucy Jones, de 32 anos, e Lukasz Reucki, de 36 anos, são um exemplo de casal que participou desse tipo de terapia. Antes disso, eles experimentaram o sexo a três com mais um homem e também com mais uma mulher. Após as experiências, ambos tiveram ciúmes e sentiram que isso afetou a relação. Mesmo assim, eles não quiseram desistir de tentar e, para resolver a situação, foram atrás de terapia.
Segundo informações do portal britânico Daily Mail , antes de começar a namorar com Lukasz, Lucy já tinha tido essa experiência com seus antigos namorados. Já o britânico nunca havia praticado uma relação sexual com mais de uma pessoa e ficou preocupado, pensando que poderia sentir ciúmes. Quando ele finalmente aceitou arriscar, a parceira logo convidou outro homem para o momento a três .
“Foi um pesadelo. Nós nos encontramos com esse homem em um bar e, depois, todos concordamos em ir para um hotel para fazer sexo a três. Eu já tinha combinado com Lucy de usar ‘rosa’ como a nossa palavra segura, para indicar quando eu estivesse insatisfeito com o que estava acontecendo. Se eu dissesse a palavra, poderíamos dar alguma desculpa e ir embora”, conta Lukasz.
O problema é que logo que o sexo a três começou, o britânico se sentiu desconfortável. “Eu estava com ciúmes do outro homem e não gostava de ver Lucy claramente se divertindo com outra pessoa”, lembra. Outro problema é que Lukasz também começou a comparar o tamanho do pênis dele com o do outro homem e sentiu que seu “rival” era mais "bem dotado".
“Isso me provocou muitas outras inseguranças. Tudo terminou de forma inesperada, pois Lucy estava se divertindo tanto fazendo sexo com aquele cara que não me ouviu dizer a palavra segura indicando que deveríamos parar. Tivemos uma briga enorme depois disso e pensei que seria o fim das nossas relações a três”, conta o britânico.
Quando as coisas esfriaram, o casal resolveu tentar novamente, só que dessa vez convidaram uma mulher para completar o trio. Lucy conta que, para quebrar o gelo, ela tomou a iniciativa e começou beijar a convidada. “Assim que Lukasz se juntou a nós, rapidamente fiquei com ciúmes. Senti que ele estava gostando mais dela e que continuaria o sexo se eu não estivesse ali. No fim, todos nós fizemos sexo e ele realmente gostou”, conta a britânica.
Terapia foi solução para o sexo a três
Durante essas experiências, ficou claro para eles que seria difícil controlar os ciúmes . Mesmo assim, eles quiseram continuar tentando realizar essa fantasia sexual, mas sem comprometer o relacionamento. Foi então que Lucy percebeu que eles precisavam de ajuda e propôs a terapia.
O casal procurou Louise e a profissional trabalhou a confiança entre o casal. A terapeuta diz que a principal questão que identificou em Lukasz foi que ele não se sentia bom o suficiente na cama e isso faz com que ele se compare com outros homens.
“Minha função foi fazer ele se sentir um deus do sexo. Para isso, precisei esclarecer seus problemas de autoestima e, através de uma volta ao passado, consegui chegar à primeira vez em que ele não se sentiu bem o suficiente consigo mesmo.”
A questão é que Lukasz foi intimidado na infância, quando tinha oito anos de idade e, mesmo já tendo mais de 30 anos, essas inseguranças ainda o atormentam. Após entender esses pensamentos negativos, Louise pediu para que ele se lembrasse dos momentos positivos em que se sentiu bem consigo mesmo – sexualmente ou de qualquer outra forma.
“Eu disse a ele para apertar seu punho para se sentir confiante e para ouvir sua música favorita quando ele for atormentado por suas inseguranças, pois isso vai levá-lo de volta para um sentimento feliz”, fala a terapeuta.
Já Lucy conseguiu esclarecer suas emoções negativas assistindo aos vídeos motivacionais sugeridos por Louise. "Mas ela ainda tinha sentimentos de medo, tristeza, ciúme, falta de confiança, raiva, frustração e culpa.”
Através de conversas e de uma técnica usada para estimular seus pontos de pressão emocional com os dedos, Louise conseguiu ensinar Lucy como mover energia ao redor de seu corpo. Segundo a terapeuta, essa técnica ajuda a mulher a ter mais orgasmos e a conseguir se sentir ótima.
A parte seguinte da terapia foi fazer Lucy se sentir sexualmente confiante e torná-la mais unida a Lukasz.
“Ensinei dois exercícios de respiração tântrica para ajudá-los a entrar em sintonia um com o outro. Eles tiveram que respirar em uníssono e na boca um do outro durante o sexo. Lucy também passou estimular os pontos de pressão emocional dez minutos por dia para liberar seu medo de perder Lukasz e o medo de ser julgada”, explica.
Para finalizar, o casal fez uma sessão conjunta, na qual aprenderam como ancorar o amor apertando as mãos um do outro. Eles devem fazer isso em situações de estresse na qual vão precisar se tranquilizar. “Foi incrível! Ambos pareciam muito mais felizes e confiantes de si mesmos e não temiam mais perder um ao outro”, orgulha-se Louise.
Depois da terapia, os britânicos tiveram uma relação sexual a três com outro homem e afirmam que a experiência foi “muito melhor do que as anteriores”. “Eu não me comparei com a outra pessoa dessa vez. Adorei ver Lucy dando prazer e, em vez de ficar fazendo comparações, pude relaxar e me sentir excitado. Estou ansioso para compartilhar mais aventuras sexuais com ela”, relata Lukasz.
Lucy também sentiu esses benefícios. “Depois da terapia, a experiência foi completamente diferente, tivemos uma noite histórica. Lukasz não ficou com ciúmes e eu não me senti culpada. Estamos finalmente caminhando para desfrutar o melhor do sexo a três sem o medo de perdermos um ao outro”, finaliza.