Não são poucas as mulheres que já relataram problemas no sexo em algum momento da vida. Há quem seja casada e tenha deixado a relação cair na rotina , há quem seja solteira e ainda não viveu uma boa experiência, mas há também quem nunca sentiu prazer e não quer mais viver assim. Uma leitora do Delas, encaixa-se perfeitamente no último caso. Ela afirma que está com o parceiro há 11 anos e tem três filhos com ele, mas nunca ficou satisfeita na cama.
Segundo a mulher, até certo tempo dava para tolerar a falta de prazer
no sexo. Hoje, porém, a aversão pelo momento de intimidade está maior e isso atrapalha diretamente outras áreas de sua vida. “Eu tenho raiva de fazer sexo só para agradar meu marido. Isso faz com que a minha vida não flua bem e eu já não me importo tanto em conservar essa relação”, afirma ela, que diz não ter motivos para reclamar do comportamento do parceiro em outros aspectos.
Procurar ajuda especializada é o caminho para quem nunca sentiu prazer
A leitora conta, ainda, que já fez tratamento com psicólogos e não obteve sucesso. No entanto, a sexóloga Thais Plaza garante que o ideal é procurar alguém que tenha formação específica em sexualidade, e não apenas um psicólogo para esse tipo de problema. Consultar o ginecologista regularmente também é aconselhável, já que essa aversão ao sexo pode estar relacionado com algum problema de saúde.
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Outro ponto que reforça a importância de consultar um especialista no assunto é o fato de a leitora relatar que foi abusada na infância . A mulher acredita que o trauma que viveu não tem relação alguma com sua insatisfação no sexo, mas Thais explica que a maioria das mulheres que sofreram algum tipo de assédio quando ainda eram crianças têm problemas nos momentos de intimidade. “Não é um mito. Algumas pessoas conseguem transpor isso e vivem bem, mas boa parte convive com essa dificuldade”, argumenta.
Para a sexóloga, outra coisa que precisa ficar clara é que ninguém deve se sentir obrigado a fazer sexo quando não está à vontade. “A obrigação é a pior motivação para a relação. Para você viver melhor com isso é preciso compreender melhor a sua própria sexualidade e entender se a relação abusiva que você viveu na infância não gerou uma ferida mal curada capaz de gerar essa aversão sexual”, aconselha.
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