A americana Debby Zutant, de 50 anos, conheceu Joe, de 37 anos, em 2003 e bastou uma troca de olhares para se apaixonarem. O único problema é que eles são irmãos por parte de pai, e um relacionamento desse tipo nos Estados Unidos é considerado ilegal. Mesmo assim, eles enfrentaram tudo e todos para ficar juntos. Há três anos, eles conseguiram se casar no cartório, mas já estão juntos por 15 anos.
Leia também: O amor e suas diversas formas; saiba tudo sobre o tema
O encontro aconteceu porque Debby resolveu contratar um detetive particular para encontrar seus pais biológicos e possíveis irmãos . “Fui adotada quando tinha três anos e sempre senti que algo estava faltando. Ansiava por encontrar minha verdadeira família”, conta em entrevista ao portal britânico “The Sun”. “Quando me reencontrei com minha mãe e meu pai, ele me disse que eu tinha um meio-irmão chamado Joe”, acrescenta.
A americana viu uma foto do irmão e não conseguia parar de encarar a imagem. Como estava curiosa para conhecer mais a família, decidiu entrar em contato com Joe e depois de um bom tempo mantendo contato, Debby conseguiu encontra-lo pessoalmente. “Parece tão clichê, mas quando Joe e eu trancamos olhares, foi realmente amor à primeira vista”, lembra.
Na noite seguinte, o rapaz convidou a Debby para jantar, e ela encarou aquilo como um encontro amoroso. Durante a noite, Joe confessou que achava a irmã linda, e essa foi a brecha para eles se declararem um pelo outro. “No nosso segundo encontro, já fizemos amor. Não pareceu estranho, mas sim natural, como se já pertencêssemos um ao outro”, relata a americana.
Com medo das críticas, esconderam a relação
Preocupada com esse sentimento, Debby resolveu procurar sobre o assunto na internet e descobriu que existiam outras pessoas nessa situação e que isso possui até um nome: Atração Sexual Genética (GSA) – uma condição em que as pessoas se apaixonam por seus parentes com quais não conviveram. O casal conversou sobre o assunto e, na semana seguinte, passou a morar junto, mas a relação foi mantida em segredo com medo das críticas.
Leia também: Incêndio atrapalha casamento, noivos não desistem de ensaio e fotos viralizam
“Sempre que tínhamos visita, fingíamos que Joe dormia no quarto de hóspedes, e quando íamos a festas de família, fingíamos ser apenas irmão e irmã”, conta a americana. “Infelizmente, nosso pai faleceu três anos depois que nos conhecemos, então ele nunca soube de nós. Joe não contou para ninguém, eu sabia que ele tinha medo do que os outros pensariam.”
O amor burlando a lei
A revelação para a família só aconteceu em 2014. “Estava muito nervosa quando contei para a nossa família, mas muitos já imaginavam o que estava acontecendo. Todos disseram que enquanto Joe e eu estivéssemos felizes, eles nunca nos julgariam”, expõe Debby. Mesmo sendo ilegal se casar com um irmão nos Estados Unidos, eles conseguiram oficializar a união, pois não possuem o mesmo sobrenome e isso não gerou desconfiança.
As pessoas que casam com seus irmãos podem pegar uma pena de prisão de até 15 anos, bem como uma multa de US$ 24 mil (aproximadamente R$ 90,3 mil). “Mesmo sendo contra a lei, nós nos casamos e estamos apaixonados demais para nos importar com isso”, enfatiza a americana. O casal também teve uma cerimônia em Cuba, e quando voltaram para casa a família de sangue e a adotiva fizeram uma terceira festa.
Leia também: Vai na fé! 13 simpatias de amor para você conseguir desencalhar
“Joe e eu somos irmãos e estamos juntos há 15 anos – casados há quase três anos. Curiosamente, nunca conversamos sobre sermos parentes; é um tabu estúpido que, esperamos, não existirá no futuro. Acho que nosso pai teria nos aceitado, afinal ele gostaria que fôssemos felizes como o resto da nossa família”, aponta Debby. “Você não pode evitar por quem você se apaixona, amor é amor”, conclui.